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Cuba decreta fase de transmissão comunitária devido a elevado número de casos

01/07/2021 02h29

Havana, 30 jun (EFE).- As autoridades de Cuba decretaram nesta quarta-feira a passagem de todo o território nacional para a fase de transmissão comunitária devido ao elevado número de casos de covid-19 registrados nas últimas semanas no país, que hoje notificou 2.970 novas infecções, 73 delas importadas.

A nova fase contempla um plano de medidas mais rígidas que ainda não foram detalhadas e com o qual o Ministério da Saúde Pública busca reduzir a transmissão, antecipar as intervenções sanitárias e diminuir ao máximo a mobilidade das pessoas, segundo informado na reunião do grupo de trabalho governamental de combate à pandemia.

Com as novas infecções de hoje, o país acumula um total de 190.993 casos positivos e 1.284 mortes, 14 delas nas últimas 24 horas, incluindo uma criança de dois anos, de acordo com o relatório diário do Ministério da Saúde Pública.

No momento, 42.794 pessoas estão internadas em hospitais e centros de isolamento cubanos, das quais 15.502 são casos ativos - 77 em estado crítico e 112 em situação grave -, 9.636 apresentam sintomas suspeitos e as demais estão sob vigilância epidemiológica.

Por províncias, Matanzas e Havana novamente relataram os números mais altos com 790 e 370 casos positivos, respectivamente, seguidas por Santiago de Cuba, com 283.

Nos territórios de risco, incluindo Havana, está sendo realizado um estudo de intervenção sanitária com a Abdala e a Soberana 02, as duas candidatas à vacina contra covid-19 mais avançadas das cinco desenvolvidas por Cuba.

Ambos os imunizantes aguardam autorização para uso emergencial da entidade reguladora de medicamentos cubana depois que as autoridades sanitárias anunciaram que apresentaram eficácia de 92,2% (Abdala) e 62% (Soberana 02) na última fase dos testes clínicos.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) estabelece que, para que uma candidata seja considerada uma vacina, deve apresentar eficácia igual ou superior a 50%.

Mais de 2,6 milhões de cubanos receberam pelo menos uma dose desses imunizantes como parte dos testes clínicos e estudos de intervenção, segundo dados oficiais.

Também está em andamento um teste clínico em crianças e adolescentes com as doses de Soberana 02 e Soberana Plus.

Cuba não é membro do consórcio Covax da OMS, criado para que países de baixa e média renda tenham acesso a vacinas, nem as comprou no mercado internacional.