Venezuela reabrirá fronteira com a Colômbia fechada desde 2015
"O presidente Nicolás Maduro nos pediu para anunciar à população do estado de Táchira, na fronteira com a Colômbia, que, a partir de amanhã, daremos abertura comercial entre os nossos países", afirmou Rodríguez em discurso transmitido pela emissora estatal "Venezolana de Televisión" (VTV).
A fronteira foi fechada para a passagem de veículos em agosto de 2015, por ordem de Caracas. A circulação de pessoas foi suspensa depois da ruptura de relações decidida por Maduro em 23 de fevereiro de 2019, quando o líder opositor Juan Guaidó tentou atravessar a fronteira por Cúcuta com uma caravana de ajuda humanitária.
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Rodríguez destacou que a fronteira comum é "extensa" e nela os países mantêm uma "responsabilidade compartilhada" e "diferenciada do que represença a proteção" da região. Segundo ela, no lado colombiano "existem grupos paramilitares, grupos de traficantes de drogas e criminosos".
A presença de tais grupos foi a justificativa usada em 2015 pelas autoridades venezuelanas para fechar a passagem com a Colômbia, cujo presidente era Juan Manuel Santos.
O vice-presidente venezuelana pediu para que os cidadãos venezuelanos "estejam atentos" à possível chegada de grupos criminosos colombianos.
"Mas, apesar da violência contra a nossa pátria, o presidente Nicolás Maduro, pensando no nosso povo, pensando na fraternidade e na cooperação, tomou a decisão de abrir a travessia comercial binacional", anunciou.
De acordo com Rodríguez, "historicamente, o comércio entre a Colômbia e a Venezuela excedeu US$ 7 bilhões", em um período que não detalhou, motivo pelo qual considerou a abertura "uma mensagem muito direta às forças produtivas" de ambos os países e, especialmente, "aos atores comerciais binacionais", aos quais pediu "um intercâmbio saudável" e "biosseguro".
Sobre a decisão tomada em 2019, após a ruptura das relações com a Colômbia, Rodríguez disse que a fronteira tinha sido fechada "desde fevereiro de 2019 porque o governo americano de Donald Trump, "em conjunto" com os do chamado Grupo Lima, "tomou a terrível" decisão de "minar a integridade territorial da Venezuela". EFE