Polícia e manifestantes anti-passaporte sanitário entram em choque na Itália
O ato realizado na parte da tarde teve momentos de ainda mais tensão do que pela manhã, quando dezenas de manifestantes se sentaram no chão, para impedir a passagem dos policiais ou em outros em que rojões foram lançados contra os agentes.
A polícia, pela manhã, utilizou jatos de água e bombas de gás lacrimogêneo para dispersar centenas de manifestantes que há dias protestavam em uma das entradas do porto de Trieste, um dos mais importantes da Itália.
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O grupo questionava a obrigação da apresentação do passaporte sanitário de covid-19, que comprova vacinação ou infecção recente e indica se a pessoa tem teste negativo recente, para que seja possível trabalhar no país, em medida imposta pelo governo.
Os manifestantes, em maioria, eram estivadores e funcionários do porto, mas também havia presença de ativistas anti-vacina e outros grupos organizados que se opõem ao certificado obrigatório, que estavam no porto desde sexta-feira, quando a medida entrou em vigor.
O protesto não chegou a bloquear as atividades do porto, que é o principal acesso da Itália ao Leste Europeu, no entanto, gerou lentidão nos trabalhos.
O ato em Trieste acabou se tornando um símbolo de resistência contra o certificado sanitário, que se tornou obrigatório para que a pessoa ocupe o posto de trabalho, seja no setor público ou privado.
Os manifestantes receberam apoio através de atos em diferentes pontos da Itália, como Turim, no noroeste do país, Florença. EFE