Infectologista admite que variante ômicron já pode ter entrado nos EUA
O principal assessor em Saúde do governo dos Estados Unidos, Anthony Fauci, admitiu neste sábado que a variante ômicron do novo coronavírus já pode ter entrado no país, ainda sem ter sido identificada em exames.
"Não me surpreenderia que esteja aqui e que não a tenhamos detectado ainda. Quando há um vírus que é transmitido com tanta facilidade, e há casos em outros países por consequência das viagens, quase invariavelmente acabará chegando a todas as partes", disse o infectologista, em entrevista à emissora de televisão "NBC".
De acordo com manifestação mais recente do Centro para o Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC, pela sigla em inglês), não há registro no país de casos da nova cepa do patógeno que provoca a covid-19
Na noite desta sexta-feira, a governadora de Nova York, Kathy Hochul, foi a primeira liderança estadual dos EUA a declarar estado de emergência por causa da nova variante, que entrará em vigor em 3 de dezembro e perdurará, pelo menos, até 15 de janeiro.
A medida, segundo Hochul, visa aumentar a capacidade de resposta dos hospitais contra a covid-19, mediante a proibição de algumas atividades não essenciais e a ampliação da capacidade do governo do estado de comprar materiais médicos de emergência.
A detecção da variante ômicron, feita primeiramente na África do Sul, preocupa pela grande quantidade de mutações que aparecem juntas em uma mesma cepa. Com isso, a Organização Mundial da Saúde (OMS) já a apontou como sendo de risco.
Inúmeros países, assim como a União Europeia, anunciaram rapidamente restrições de voos originários do sul do continente africano.
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