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Pécresse será a candidata dos Republicanos à Presidência da França

04/12/2021 19h49

Paris, 4 dez (EFE).- A atual presidente da região de Paris, Valérie Pécresse, venceu neste sábado o segundo turno das primárias fechadas dos Republicanos, a direita tradicional da França, e será candidata à Presidência do país europeu.

Pécresse, que começou como favorita após ter recebido o apoio dos candidatos que ficaram de fora no primeiro turno, foi a escolhida com 61% dos votos entre os 150 mil militantes que puderam participar, superando Éric Ciotti, que ficou com 39%.

"Pela primeira vez na sua história, o partido de Charles de Gaulle, de Georges Pompidou, de Jacques Chirac, de Nicolas Sarkozy terá uma candidata mulher nas eleições presidenciais. Estou pensando em todas as mulheres de França. Obrigado aos militantes pela sua audácia", declarou Pécresse depois que os resultados foram anunciados.

Da sede do partido e rodeada pelo restante dos candidatos da primária, a vencedora fez um discurso dirigido ao povo francês como um todo e no qual tentou assumir um tom presidencial.

"Mostrarei dignidade, darei tudo, a minha força, a minha energia e a minha determinação em fazer triunfar as minhas convicções", prometeu.

O bom resultado de Ciotti, que inesperadamente entrou no segundo turno, levou Pécresse a insistir em defender durante a campanha os valores daqueles que querem "restaurar o orgulho francês e proteger os franceses".

"Sinto a fúria de um povo impotente perante a violência e o aumento do separatismo islâmico, que se sente ameaçado no seu modo de vida pela imigração descontrolada, impotente também pelo fardo da dívida e da burocracia", completou.

Pécresse marcou a sua oposição ao atual presidente francês, Emmanuel Macron, que segundo ela é "obcecado por ser apreciado". Ao mesmo tempo, teve algumas palavras conciliatórias para os eleitores de direita tentados a votar na extrema direita: "Na nossa história, nenhum divisor foi a salvação. Vamos rasgar a página de Macron sem rasgar as páginas da história francesa", bradou. EFE

mdv/dr