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Kiev segue reconhecendo Donetsk e Lugansk como parte do território ucraniano

21/02/2022 22h32

Kiev, 21 fev (EFE).- A Ucrânia continua considerando as regiões de Donetsk e Luhansk, incluindo as áreas controladas por separatistas pró-Rússia, como parte de seu território, afirmou nesta segunda-feira Oleksiy Danilov, secretário do Conselho de Defesa e Segurança Nacional.

Danilov enfatizou durante entrevista coletiva que Kiev continuará cumprindo "suas obrigações" com "todos os habitantes" de Donbass após o reconhecimento da independência das autoproclamadas repúblicas separatistas pelo presidente da Rússia, Vladimir Putin.

Ele lembrou que o território da Ucrânia são todas as regiões que integram o país de acordo com a Constituição, que inclui Donetsk e Lugansk e a península da Crimeia, anexada pela Rússia em 2014.

Além disso, anunciou que o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, em breve se dirigirá à nação para responder "à decisão de Putin", que também ordenou o envio de tropas russas para realizar funções de pacificação.

Assim que soube das intenções do Kremlin, Zelensky ligou para o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e convocou uma reunião do Conselho de Defesa e Segurança Nacional, que discutiu as medidas a serem tomadas em termos de segurança após a decisão de Putin.

Anteriormente, Zelensky ordenou que seu ministro das Relações Exteriores, Dmytro Kuleba, solicitasse uma reunião imediata do Conselho de Segurança da ONU para discutir medidas urgentes destinadas a obter uma desescalada e medidas práticas para garantir a segurança de seu país.

Kuleba invocou o artigo 6º do Memorando de Budapeste, de 1994, que concedia garantias de segurança à Ucrânia em troca da renúncia ao arsenal nuclear herdado da antiga União Soviética.

Durante a recente conferência de Munique, Zelensky pediu ao Ocidente para garantir a segurança da Ucrânia até que o país se junte à Otan, algo que o Kremlin se opõe veementemente.

Kiev, que denunciou hoje a morte de dois soldados e de um civil em ataques de milícias pró-Rússia, denuncia que Moscou e os rebeldes orquestraram uma campanha de desinformação sobre uma iminente ofensiva ucraniana, levando os rebeldes a anunciar a mobilização geral de homens maiores de idade e a saída da população civil para a Rússia.

Em seguida, os líderes pró-Rússia pediram ao chefe do Kremlin o reconhecimento de sua independência, que anunciou sua decisão hoje durante discurso televisionado à nação. EFE