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Maduro afirma que "graças a Deus" não existe sistema Swift na Venezuela

02/03/2022 23h10

Caracas, 2 mar (EFE).- O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, comemorou nesta quarta-feira o fato de o Swift não funcionar em seu país, dias depois de a União Europeia (UE) concordar em desconectar deste sistema internacional de comunicação interbancária alguns bancos da Rússia, grande aliado de seu governo.

"Não dependemos do sistema Swift. Graças a Deus e à Virgem, na Venezuela não há sistema Swift e, com o passar do tempo, o sistema Swift ficará como um sistema ultrapassado", disse Maduro em um evento de governo transmitido pela emissora estatal "VTV".

A este respeito, o presidente venezuelano previu que, "com o passar desta década, o mundo se libertará do sistema Swift" e progredirá "com seu próprio esforço, com sua própria tecnologia, com seu próprio sistema monetário".

A UE concordou no domingo passado em desconectar alguns bancos russos do Swift, uma medida que Estados Unidos, Reino Unido, Canadá e Japão também adotarão, em um golpe sem precedentes contra a economia da Rússia em resposta à invasão da Ucrânia.

Diante dessa decisão, o Banco Central da Rússia convidou participantes estrangeiros do mercado financeiro a aderirem ao análogo russo do Swift, chamado SPFS.

"Temos um sistema de mensagens financeiras, o SPFS, que pode substituir o Swift dentro do país. Participantes estrangeiros podem aderir", disse a titular do BC russo, Elvira Nabiulina, em comunicado à imprensa após uma reunião do conselho da entidade monetária.

Diante dessa situação, Maduro comemorou o fato de poder contar com o bolívar digital, moeda nascida em outubro do ano passado após a terceira reconversão até agora neste século e a eliminação de seis zeros - 14 se somadas as medidas anteriores -, que, apesar do nome, não é um criptomoeda, mas tem cédulas e moedas.

"Vamos rumo a uma economia 100% digital, como deve ser no século 21, com seu próprio portal", disse Maduro, satisfeito com o fato de a Venezuela ter seu próprio sistema monetário graças ao bolívar digital, apesar de a maioria das transações no país serem feitas em dólares.

"A Venezuela mostra que pode trilhar o caminho da economia digital", completou. EFE

gdl/rsd

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