EUA sancionam por corrupção ex-presidente do Paraguai Horacio Cartes
A decisão, de acordo com ele, significa que o ex-governante e seus familiares imediatos "não são elegíveis para entrar nos Estados Unidos".
"Durante seu mandato, Horacio Cartes usou a presidência do Paraguai para obstruir uma investigação criminal transnacional envolvendo seus associados", acrescentou Ostfield.
Segundo o diplomata, esta manobra permitiu ao agora ex-presidente continuar participando "de atividades corruptas", incluindo suas ligações com organizações terroristas e outras entidades sancionadas pelos Estados Unidos.
"Esta não será nossa última designação no Paraguai", advertiu Ostfield, que tomou posse em março.
Ele também disse que a designação de Cartes, assim como a recente extradição do empresário brasileiro de origem libanesa Kassem Mohamad Hijazi, e o apoio à operação contra o tráfico de drogas e a lavagem de dinheiro "A Ultraza PY" são exemplos do "apoio contínuo" dos EUA à luta contra a corrupção e às atividades criminosas no Paraguai.
Em janeiro, Cartes foi denunciado perante a Secretaria de Prevenção da Lavagem de Dinheiro ou Bens do Paraguai (Seprelad) por "lavagem de dinheiro, enriquecimento ilícito e falso testemunho", de acordo com o então ministro do Interior do país sul-americano, Arnaldo Giuzzio.
Segundo o texto da denúncia, que foi tornado público, Giuzzio observou "a existência de um conjunto de fatos e situações que poderiam constituir indícios da prática de atos puníveis de lavagem de dinheiro por contrabando e enriquecimento ilícito em cargos públicos e outros crimes relacionados".
A denúncia, assinada pelo próprio Giuzzio em sua capacidade privada e não como membro do governo do atual presidente Mario Abdo Benítez, acrescenta que estes fatos "requerem investigação adicional, análise e, se necessário, de acordo com os poderes legais concedidos à Seprelad, comunicação oportuna ao Ministério Público".
A holding controlada por Cartes inclui, entre outras empresas, a Tabacalera del Este (Tabesa), que em maio enviou uma carga de cigarros para Aruba em um avião venezuelano-iraniano sob investigação na Argentina por suposto terrorismo internacional.
Em junho, porém, a Tabesa negou qualquer ligação com o avião venezuelano-iraniano, indicando que o comprador da carga é que estava encarregado de contratar um intermediário para conseguir o transporte. EFE
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