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Região da Itália faz acordo e receberá quase 500 médicos cubanos

18/08/2022 16h13

Roma, 18 ago (EFE).- Roberto Occhiuto, presidente da região da Calábria, no sul da Itália, anunciou nesta quinta-feira um acordo com o governo de Cuba para o envio de 500 médicos da ilha caribenha, que suprirão a falta de pessoal os hospitais calabreses.

Em um vídeo postado no Facebook, Occhiuto explicou que o acordo foi necessário, depois que o governo regional publicou vários editais de contratação de médicos nos últimos meses, que "ficaram desertos".

A aliança prevê que cheguem na Calábria 497 médicos cubanos de diferentes especialidades. Os dez primeiros desembarcarão na região no mês que vem, para que os demais venham progressivamente de Cuba.

O país caribenho já enviou dezenas de médicos para a Itália no início da pandemia da covid-19, como forma de ajudar os hospitais locais a enfrentarem o aumento repentino dos casos de infecção pelo novo coronavírus.

A escassez de médicos e de funcionários nos hospitais é um problema que afeta toda a Itália, em particular, a Calábria, onde o sistema de saúde está em colapso faz anos e teve intervenção do governo do país em 2010, devido dívidas acumuladas.

Para buscar a recuperação econômica, houve redução de gastos de várias unidades de saúde, congelamento de novas contratações, o que representou o desaparecimento de enfermeiras, médicos e funcionários em geral.

Uma das primeiras iniciativas de Occhiuto após ser eleito presidente da Calábria, em outubro de 2021, foi assumir também o papel de interventor do sistema de saúde, para gerir pessoalmente os problemas do setor.

"Há alguns meses, comecei uma negociação com o governo cubano, mais precisamente, com a empresa estatal do governo cubano, que já colaborou, enviando médicos para as regiões da Lombardía e Piemonte, na fase aguda da covid-19. Fizeram um trabalho extraordinário", afirmou o líder regional. EFE