Unicef: quase 750 milhões de pessoas não têm água adequada para beber
Moçambique é um dos três países do mundo onde mais da metade da população não tem acesso à água potável; Dia Mundial da Água é celebrado este domingo, focando na importância do bem natural para o futuro sustentável.
No mundo, quase 750 milhões de pessoas têm dificuldades em obter água adequada para o consumo, de acordo com um levantamento do Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância).
Segundo a agência, 90% está em áreas rurais e os cidadãos mais pobres e marginalizados são os que mais sofrem da privação do que é um direito humano básico. O alerta do Unicef antecipa o Dia Mundial da Água, celebrado domingo, 22 de março.
Dimensão
Sobre a data, a Rádio ONU ouviu o relator especial para o Direito à Água e ao Saneamento. De Belo Horizonte, Leo Heller explicou que o desafio é muito maior.
"Mas ainda assim, se nós olharmos para os que têm acesso, ainda há limitações na forma como esse acesso é feito. Se nós olharmos para o contingente da população que não tem acesso ao esgotamento sanitário, esse número cresce e chega a 2,5 bilhões de pessoas. Isso mostra a dimensão do desafio que ainda temos de incluir toda a população mundial em serviços dignos e adequados de abastecimento de água e saneamento."
Sobre o Brasil, Leo Heller acredita que o país tem avançado de forma importante, com água e saneamento incluídos nas políticas públicas. Mas o relator da ONU diz que ainda há muito o que se fazer.
Brasileiros
"Existe cerca de 40% da população (brasileira) ainda sem acesso que possa ser considerado adequado ao abastecimento de água e cerca de 60% sem acesso adequado ao esgotamento sanitário."
Neste ano, o Dia Mundial da Água tem como tema "Água e Desenvolvimento Sustentável" e foca na importância do bem natural para a construção de um futuro melhor para todos.
Ainda sobre o relatório do Unicef, Moçambique, República Democrática do Congo e Papua Nova Guiné são os únicos três países onde mais da metade da população não têm água potável para beber.
Mortes
Para as crianças, a falta de acesso à água pode ser trágica, porque quase mil morrem todos os dias por complicações da diarreia, ligadas à falta de água potável, saneamento precário e baixas condições de higiene.
Outro número apresentado pelo Unicef chama a atenção: na África, os moradores do continente perdem 40 bilhões de horas por ano andando para poder buscar água.
Mas a agência da ONU vê alguns progressos. Em 1990, a África Subsaariana era a região com a cobertura mais fraca de água, mas o acesso tem melhorado. Desde o ano 2000, 50 mil pessoas por dia conseguem ter água limpa, mas 325 milhões de civis ainda não foram beneficiados.
China e Índia são outros dois países onde uma grande parcela da população não tem acesso à água pura: 112 milhões e 92 milhões, respectivamente. O Unicef lembra, no entanto, que no mundo, 2,3 bilhões ganharam acesso a fontes seguras de água desde 1990.
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