Frente de esquerda vence eleições na França e impede avanço da ultradireita
Carolina Juliano
08/07/2024 05h57
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* Frente de esquerda e centro impede vitória da ultradireita na França. A coalizão de esquerda Nova Frente Popular surpreendeu no segundo turno das eleições legislativas francesas e tornou-se o maior bloco parlamentar do país. O pleito foi marcado pela ascensão da ultradireita e pelo forte comparecimento de 67% dos franceses às urnas, o maior desde 1981. A NFP conquistou 181 assentos na Assembleia Nacional, seguida pela coalizão Juntos, do presidente Emmanuel Macron, com 166 cadeiras, e pela antes favorita Reunião Nacional, de ultradireita, com 143 deputados. Mesmo chegando em terceiro, o grupo ligado a Marine Le Pen dobrou seu número de assentos no Parlamento. Nenhum dos grupos, no entanto, conquistou maioria absoluta de 289 dos 577 deputados, o que implica a necessidade de alianças para governar. Leia mais.
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Primeiro-ministro francês diz que vai entregar o cargo. Diante dos resultados das urnas, o atual premiê da França, Gabriel Attal, disse que apresentará hoje seu pedido de demissão ao presidente Emmanuel Macron. Attal está no cargo desde o início deste ano e é do mesmo partido que Macron. O líder de esquerda Jean-Luc Mélenchon, que saiu vitorioso das urnas, fez um apelo para que Macron convoque seu grupo a formar um novo governo. Saiba quem é Mélenchon.
* Cúpula do Mercosul sem Milei vai oficializar adesão da Bolívia. Lula participa hoje do encontro de chefes de Estado dos países-membro o Mercosul, em Assunção, no Paraguai. A cúpula está envolta em polêmicas pela ausência do presidente da Argentina, Javier Milei, que vem atuando nos bastidores para desmontar instituições e projetos sociais no Mercosul. Após oito anos de negociações, o bloco deve oficializar nesta reunião a entrada da Bolívia no bloco. O presidente boliviano, Luís Arce, informou que aderiu formalmente ao Mercosul após promulgar uma lei aprovada pelo Congresso. Ao final do encontro, a presidência do bloco será passada do Paraguai para o Uruguai. Leia mais.
* Presidente da Argentina participa de encontro com Bolsonaro. Javier Milei esteve ontem do congresso conservador CPAC, versão brasileira do encontro americano Conservative Political Action Conference, que foi realizado no Balneário Camboriú, em Santa Catarina. Ao lado da família Bolsonaro, o argentino disse que o ex-presidente sofreu "perseguição judicial", criticou governos de esquerda, citando a Bolívia e a Venezuela, e fez um discurso sobre o que chamou de "fracasso do socialismo". Em sua fala de quase 30 minutos, no entanto, Milei não fez nenhuma citação a Lula. Veja como foi o encontro.
* Brasil termina Copa América atrás do Canadá e sem solução para 2026. A seleção brasileira foi eliminada da Copa América sábado, pelo Uruguai, em partida que terminou empatada em 0 a 0 no tempo regulamentar e foi decidida nos pênaltis. Com o resultado, o Brasil terminou a competição atrás do Canadá, que se classificou e vai disputar uma vaga na final com a Argentina. A outra vaga será decidida entre Uruguai e Colômbia. Segundo críticos, a seleção formada por Dorival Júnior não empolgou em nenhum momento, não impôs um jogo coletivo bem definido nem teve protagonistas, e volta dos Estados Unidos sem deixar nenhum legado para a continuação dos trabalhos. Leia a análise completa.
* Deputados usam 'emenda Pix' para turbinar prefeituras de parentes. Reportagem da Folha mostra que os parlamentares engordaram os caixas de prefeituras comandadas por familiares com o envio de transferências especiais. Cerca de R$ 4,4 bilhões foram enviados por meio desse tipo de repasse, que tem baixa transparência e não aponta a área em que será aplicado, neste ano eleitoral. Em 2022, ano das últimas eleições, o valor das 'emendas pix' foi de R$ 1,5 bilhão. O valor destinado a emendas tem crescido substancialmente nos últimos anos e analistas atribuem isso à dificuldade dos últimos governos em formar uma maioria no Congresso Nacional. Em 2014, as emendas representavam cerca de R$ 10 bilhões do Orçamento, agora subiram para mais de R$ 50 bilhões. Veja os municípios que mais receberam.