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Áudios de militares revelam articulação golpista: 'É guerra civil'

Bolsonaro e o general Mario Fernandes em quartel do Exército em Goiânia Imagem: Isac Nóbrega / Presidência da República

Carolina Juliano

26/11/2024 05h54

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Gravações mostram os planos de militares para manter Bolsonaro na Presidência. Áudios obtidos pela Polícia Federal nas investigações sobre os planos para manter Bolsonaro na Presidência mostram a participação ativa na articulação golpista do general Mário Fernandes, um dos presos na operação da PF da semana passada, e conversas com outros militares, como o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid, e o coronel reformado Reginaldo Vieira de Abreu. As gravações integram a investigação sobre o plano para matar o presidente Lula, o vice Geraldo Alckmin e o ministro do STF Alexandre de Moraes. Em uma delas, o general Hélio Osório de Coelho diz que é capaz de "morrer por essa nação" e que se recusa a viver sobre o "jugo de bandidos criminosos, comunistas". Em outra, o coronel Roberto Criscuoli falou em "guerra civil agora ou guerra civil depois" ao citar uma suposta resposta popular à vitória de Lula. Ouça ou áudios.
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Bolsonaro diz que estado de sítio foi estudado, mas nega golpe. O ex-presidente disse ontem que chegou a pensar em decretar estado de sítio no final do mandato, mas negou que tenha liderado a trama de um golpe de Estado. Disse ainda que nenhum crime "foi iniciado" e que, por isso, não se pode punir o que chamou de "crime de opinião". A fala foi na mesma linha de declaração do filho, Flávio Bolsonaro, que disse na semana passada que "pensar em matar alguém não é crime". Bolsonaro disse ainda que sabe que pode ser preso "a qualquer momento" e negou conhecer ou ter discutido planos que envolveriam prender ou matar Lula, Alckmin e Moraes. Veja o que mais ele falou.

França faz ofensiva contra acordo 'iminente' entre Mercosul e UE. Diplomatas do Mercosul e da União Europeia iniciam a hoje mais uma rodada das tratativas para fechar o acordo comercial entre os dois blocos. De acordo com fontes ouvidas pelo colunista do UOL Jamil Chade, os encontros estão sendo tratados como "decisivos", principalmente depois da eleição de Donald Trump nos EUA. Para alguns negociadores brasileiros, o processo está "muito próximo" de uma conclusão. Entre diplomatas espanhóis, o tratado é dado como "iminente". Mas a França vem orquestrando uma ofensiva para tentar impedir a conclusão dos trabalhos. O presidente Emmanuel Macron convocou também para hoje o Parlamento francês para uma reunião especial para debater o acordo. Saiba mais.
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Carrefour na França interrompe compras de carne do Mercosul. A ofensiva francesa para brecar o acordo entre UE e Mercosul fomentaram a decisão da rede de supermercados Carrefour de interromper, na França, a compra de carnes do Mercosul para agradar agricultores franceses. A decisão gerou protestos e boicotes no Brasil, incluindo de grandes frigoríficos. Ontem, o ministro da Agricultura Carlos Fávaro disse que apoia as reações e questionou a continuidade das operações do Carrefour no Brasil após a medida adotada na França. No fim da noite de ontem, o Ministério da Agricultura foi avisado por representantes da Embaixada da França no Brasil de que o CEO mundial do Carrefour fará uma retratação pública sobre a carne brasileira. Entenda a crise.

Haddad diz que pacote de corte de gastos está pronto para ser anunciado. O ministro da Fazenda disse ontem que a redação das propostas está pronta e que o anúncio depende agora de uma conversa do presidente Lula com os presidentes da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, e do Senado, Rodrigo Pacheco. Haddad e o futuro presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, se reuniram com Lula ontem no Palácio do Planalto. Segundo Haddad, os ministros responsáveis pelas pastas afetadas pelo pacote também estiveram presentes e concordaram com as medidas. Há a expectativa de que esse encontro com o Congresso ocorra ainda hoje.

STF forma maioria para permitir símbolos religiosos em prédios públicos. O Ministério Público Federal apresentou um recurso contra a presença desses ícones, como crucifixos e imagens de santos, com o argumento de que o Estado é laico. Até a tarde de ontem, o julgamento tinha seis votos contrários ao pedido e nenhum favorável. O ministro Cristiano Zanin, relator do processo, disse que a exposição de símbolos que remetem ao cristianismo não representa afronta à laicidade do Estado, já que a religião está ligada à formação da sociedade brasileira

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