Exército da Nigéria diz que 150 morreram em confronto com Boko Haram em Baga
ABUJA (Reuters) - O Exército da Nigéria afirmou nesta segunda-feira que pelo menos 150 pessoas foram mortas em confrontos com rebeldes islâmicos na cidade de Baga, nordeste do país, fornecendo um número oficial raro de mortos poucas semanas antes das eleições presidenciais em que a segurança é um grande problema.
O porta-voz da Defesa, major-general Chris Olukolade, reagia a relatos de que cerca de 2.000 foram mortos por insurgentes do Boko Haram que assumiram o controle de Baga e arredores há 10 dias. Os militares estão lutando para recuperá-la.
Dezenas de civis foram mortos quando os militantes, que estão lutando para estabelecer um Estado islâmico no norte da Nigéria, invadiram Baga e uma base militar próxima. A base também é a sede de uma força multinacional com tropas de Chade, Níger e Camarões.
Testemunhas que fugiram para cidades vizinhas e Borno, capital do Estado de Maiduguri, disseram que os insurgentes arrasaram prédios e casas e mataram dezenas de civis em ataques subsequentes na semana passada.
Milhares de refugiados fugiram de Baga para o vizinho Chade ou foram deslocados internamente na Nigéria.
"Terríveis atrocidades foram cometidas contra nigerianos inocentes em Baga pelos terroristas furiosos que atacaram e têm operado na cidade desde 3 de janeiro", disse Olukolade em uma entrevista coletiva.
"De todas as evidências disponíveis, o número de pessoas que perderam suas vidas durante o ataque, até agora, não ultrapassou cerca de 150... incluindo os terroristas que foram mortos durante a batalha com as tropas."
O Exército tem o hábito de subestimar o número de mortos, enquanto os políticos locais tendem a exagerá-los.
"Muitos moradores fugiram, deixando a população na cidade quase seriamente vazia", disse Olukolade.
O Boko Haram já matou milhares de pessoas numa rebelião de cinco anos que é vista como a maior ameaça à segurança do maior produtor de petróleo da África. Também representa uma dor de cabeça ao presidente, Goodluck Jonathan, antes de uma eleição esperada para ser acirrada, em 14 de fevereiro.
Um cristão do sul, ele enfrenta Muhammadu Buhari, um militar muçulmano, do norte, considerado duro com o tema da segurança.
(Reportagem de Camillus Eboh)
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