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Tropas na Tunísia encontram armas e prendem jihadista com explosivos

Tarek Amara

Em Túnis

16/04/2015 19h12

Tropas na Tunísia descobriram um grande esconderijo de armas, incluindo rifles Kalashnikov, granadas e explosivos, disse uma fonte de segurança nesta quinta-feira (16), enquanto o governo se esforça para continuar rastreando jihadistas depois de um ataque sangrento no mês passado.

Homens armados invadiram em março o museu nacional Bardo na capital do país, Túnis, matando 21 turistas estrangeiros, no pior ataque militante em mais de uma década. O Estado Islâmico assumiu a responsabilidade pelo atentado.

"As tropas especiais prenderam nesta quinta-feira um terrorista perigoso em posse de uma Kalashnikov e um cinto de explosivos em Sidi Bouzid", disse uma fonte de segurança, sem dar detalhes.

Depois disso, forças especiais encontraram um esconderijo de armas na cidade central de Sidi Bouzid, incluindo fuzis Kalashnikov, granadas e explosivos, acrescentou.

A Tunísia lançou uma campanha contra grupos islâmicos radicais que surgiram depois de uma revolta contra o autocrata Zine El Abidine Ben Ali em 2011, que colocou o país norte-africano no caminho para a democracia.

Após o ataque contra o museu, a polícia prendeu dezenas de tunisianos jihadistas e matou militantes incluindo Lokman Abou Sakhr, um militante da Argélia.

No mês passado, a Tunísia descobriu dois grandes esconderijos de armas, incluindo fuzis Kalashnikov, foguetes e minas terrestres, na cidade de Ben Guerdan, no sul do país, perto da fronteira com a Líbia.

A Tunísia está preocupada que a violência se alastre da vizinha Líbia, onde o Estado Islâmico tem avançado, explorando o tumulto generalizado enquanto dois governos rivais disputam o poder.

O vice-secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, disse na semana passada que os Estados Unidos vão triplicar a ajuda militar à Tunísia neste ano e ajudar a treinar as suas tropas na gestão das fronteiras, a primeira vez que tem se envolvido no treinamento de soldados tunisianos.