França organiza reunião sobre Síria e acusa Assad e aliados pelo que chamou de "guerra total"
Por John Irish
PARIS (Reuters) - A França acusou nesta quarta-feira a Síria e os seus aliados de usarem a incerteza política nos Estados Unidos para lançar o que chamou de uma “guerra total” contra áreas rebeldes no país e disse que Estados que se opõem ao presidente Bashar al-Assad se reuniriam em Paris logo.
O presidente eleito dos EUA, Donald Trump, vai assumir o cargo somente no dia 20 de janeiro, e não se espera que o atual governo tenha um papel ativo na Síria tão perto do seu final.
Diplomatas europeus manifestaram preocupação de que Assad possa se sentir encorajado pela promessa de Trump de estabelecer laços mais próximos com a Rússia, aliada da Síria.
"Hoje um milhão de pessoas estão sob cerco. Não somente em Aleppo, mas em Homs, Ghouta e Idlib, e essa é a realidade da situação na Síria”, afirmou o ministro do Exterior francês, Jean-Marc Ayrault, à imprensa.
Ele não disse o que a planejada reunião pode conseguir em relação ao conflito de cinco anos que matou centenas de milhares de pessoas e expulsou das suas casas metade da população síria, mas afirmou que a proteção dos civis sírios é uma prioridade urgente.
"A França está tomando a iniciativa de confrontar essa estratégia de guerra total desse regime e dos seus aliados, que estão se aproveitando da incerteza atual nos EUA”, declarou o ministro.
Uma reunião dos países contrários a Assad, incluindo os EUA, a Arábia Saudita e a Turquia, ocorrerá nos próximos dias em Paris, disse Ayrault. Um diplomata afirmou que a conversa entre ministros ocorreria no início de dezembro.
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