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Atacante argentino que se salvou de tragédia da Chapecoense por lesão pede orações

29/11/2016 14h33

BUENOS AIRES (Reuters) - O atacante argentino Alejandro Martinuccio disse ter ficado arrasado nesta terça-feira com o acidente aéreo no qual morreram quase todos seus companheiros de time na Chapecoense, e contou que só está vivo porque uma lesão o afastou da final da Copa Sul-Americana contra o Atlético Nacional, da Colômbia.

O avião que transportava os integrantes da Chapecoense, que iria jogar a partida mais importante de sua história, caiu em uma zona montanhosa da Colômbia, e 75 dos 81 ocupantes morreram no desastre aéreo mais grave do país andino em mais de duas décadas. 

"Escapei de viajar porque estava lesionado. A verdade é que estou muito mal, muito triste com tudo isto", disse Martinuccio a um canal de televisão argentino. "Sinto uma dor profunda. A Chapecoense é um clube que me fez sentir mais um logo que cheguei... Só peço a todos que rezem por meus companheiros que estavam na viagem", acrescentou, em uma conversa com uma radio local.

O pequeno time da cidade de Chapecó, em Santa Catarina, iria disputar a partida de ida da final depois de eliminar equipes com história e trajetória internacional, como o Independiente e o San Lorenzo, ambos da Argentina.

O jogador de 28 anos, o único estrangeiro na Chapecoense, já passou pelo Villarreal da Espanha, o Peñarol do Uruguai e pelos times brasileiros Coritiba, Ponte Preta, Cruzeiro e Fluminense.

O pai do atacante, Rubén, contou que nos últimos dias a família estava decepcionada com a perspectiva de Alejandro perder o confronto decisivo devido a uma lesão.

"Nós dizíamos a ele que se dedicasse à recuperação para poder se recuperar. Graças a Deus, não. É o destino", disse ele, emocionado, ao canal local TN.

(Por Luis Ampuero)