Ambientalistas do Brasil desenvolvem ferramenta para retirar madeira ilegal de cadeia de suprimento
Por Chris Arsenault
RIO DE JANEIRO (Thomson Reuters Foundation) - As empresas que querem comprar madeira brasileira sem contribuir para o desmatamento ilegal têm uma nova ferramenta que lhes garante que nenhuma madeira roubada irá entrar em suas cadeias de suprimento: uma plataforma digital que rastreia a origem da madeira, disseram ambientalistas.
A Bolsa de Madeira Responsável, criada pelo grupo conservacionista BVRio, utiliza dados do governo e mapas de satélite para ajudar compradores e vendedores a verificar a procedência e os certificados da madeira.
"A plataforma consegue identificar os riscos de ilegalidade através da cadeia de suprimento", explicou Mauricio de Moura Costa, diretor de operações da BVRio, à Thomson Reuters Foundation.
"Queremos criar um mercado que ajude os compradores a adquirirem madeira legal de forma mais fácil... a devida diligência é muito difícil", disse ele em uma entrevista recente.
O corte ilegal é responsável por cerca de 90 por cento do desmatamento no Brasil, lar das maiores florestas tropicais do mundo, de acordo com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).
Acredita-se que mais da metade da madeira tropical comercializada globalmente vem do corte ilegal, afirmou Costa.
As empresas que roubam madeira com frequência estão envolvidas em outros crimes, como trabalho forçado e grilagem, que expulsam comunidades indígenas e prejudicam o meio ambiente, dizem autoridades.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.