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EUA estão comprometidos com Otan e segurança nos Bálticos, diz senador McCain

27/12/2016 11h46

TALLINN (Reuters) - Os Estados Unidos estão comprometidos com a segurança na região dos países bálticos e com a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), disse o senador republicano John McCain na capital da Estônia nesta terça-feira, durante uma visita encarada como uma tentativa de apaziguar os temores com as políticas do presidente eleito norte-americano, Donald Trump.

Trump irritou muitos na Estônia, na Lituânia e na Letônia ao dizer, durante sua campanha, que iria analisar as contribuições dos países à Otan antes de ir em seu socorro em caso de necessidade.

O envolvimento militar da Rússia na Ucrânia e na Geórgia despertou nos bálticos o receio de que seu ex-mentor soviético possa tentar algo semelhante na região em algum momento.

"Acho que a presença de tropas norte-americanas aqui na Estônia é um sinal de que acreditamos no que Ronald Reagan acreditava, que é na paz por meio da força", disse McCain aos repórteres em Tallinn.

"E a melhor maneira de evitar um mau comportamento russo é ter militares críveis e fortes e uma aliança forte na Otan."

Os EUA enviaram cerca de 150 soldados para cada um dos três países bálticos e para a Polônia em abril de 2014.

Em uma visita de três dias à região com o também senador republicano Lindsey Graham, McCain disse não esperar que seu país retire as sanções contra a Rússia, impostas depois que Moscou anexou a Crimeia em 2014.

"Este certamente não é o caso hoje, tal como eu o entendo", afirmou.

Ele também disse que os EUA, independentemente de quem seja seu presidente, terá uma "reação forte e significativa", já que o presidente russo, Vladimir Putin, continua "a ocupar a Crimeia e invadiu o leste da Ucrânia e continua a ameaçar outras nações na região".

(Por Andrius Sytas, Gederts Gelzis e David Mardiste)