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Base de telefonia celular no Brasil perde 13,7 milhões de linhas em 2016

19/01/2017 19h22

SÃO PAULO (Reuters) - O Brasil encerrou 2016 com perda de 13,7 milhões de linhas de telefonia móvel, havendo recuo de dois dígitos na base da operadora em recuperação judicial Oi, e quedas menos intensas no conjunto de acessos das rivais Claro e TIM

Segundo dados divulgados pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) nesta quinta-feira, a base de telefonia móvel do Brasil encerrou 2016 com 244.066.759 acessos em operação.

A Vivo, líder do setor, foi a única das quatro grandes operadoras do país a registrar crescimento de base no ano passado, da ordem de 0,7 por cento, para 73.777.893.

A companhia controlada pela espanhola Telefónica conseguiu ao final do quarto trimestre acumular crescimento de 283.100 linhas ativas na comparação com o final de setembro e ampliou a base em 509.434 linhas em relação a dezembro de 2015.

Já a Oi, teve uma queda de 12,3 por cento na sua base de linhas móveis ativas no ano passado, para 42.138.249. O percentual correspondeu a uma redução de quase 6 milhões de linhas, das quais a maior parte, 4,2 milhões, ocorreu no quarto trimestre.

Apenas em dezembro, a Oi, quarta maior operadora móvel do Brasil, acumulou uma queda de 3,2 milhões de acessos na sua base de telefonia celular, segundo os dados da Anatel.

A Oi afirmou que realizou uma estratégia de "limpeza de base", desligamento de números não utilizados, com foco em melhoria de rentabilidade da companhia.

"O objetivo da política de desconexão de clientes inativos da base é reduzir custos e melhorar margens", afirmou a Oi, acrescentando que a estratégia teve resultados positivos no balanço financeiro da companhia do terceiro trimestre.

A segunda maior operadora de telefonia celular do país, a TIM, teve recuo de 4,25 por cento na sua base de linhas, para 63.417.935. A companhia controlada pela Telecom Italia, porém, apurou crescimento de acessos no quarto trimestre sobre o final do terceiro trimestre, da ordem de 170.866.

Enquanto isso, a terceira maior do setor, a Claro, do grupo mexicano América Móvil, encerrou 2016 com queda de 8,8 por cento em sua base de linhas celulares, a 60.170.933. Considerando apenas o quarto trimestre, a empresa acumulou perda de 3,35 milhões de acessos em relação ao final de setembro.

(Por Alberto Alerigi Jr.)