Ex-presidente da Coreia do Sul irá desfrutar de poucos privilégios na prisão
SEUL (Reuters) - Vestida com o macacão verde usado por réus em julgamento, a ex-presidente sul-coreana Park Geun-hye descobriu que seus dias no Centro de Detenção de Seul irão começar às 6h30 e terminar às 21h.
Os únicos privilégios que a ex-líder de 65 anos terá em relação a outros detidos são um espaço um pouco maior e um cômodo adjacente com vaso sanitário e chuveiro, que costumam ficar dentro da cela, disseram ex-autoridades do sistema prisional e da procuradoria.
Um funcionário do centro de detenção disse que ela foi encaminhada a uma cela individual, mas não quis dar maiores detalhes.
No começo do mês, Park morava na ampla residência presidencial Casa Azul. Ela se mudou para sua casa particular em um bairro de classe alta de Seul depois que a Corte Constitucional do país confirmou seu impeachment por conspirar com a amiga de longa data Choi Soon-sil para extorquir milhões de dólares dos conglomerados do país para fundações.
Ambas negaram qualquer irregularidade.
Park foi levada de carro ao centro de detenção, nos arredores da capital, pouco antes do amanhecer desta sexta-feira, depois que um tribunal distrital aprovou um pedido de mandato de prisão dos procuradores.
No centro, ela passou por uma verificação de segurança e um exame médico simples, e em seguida funcionários a fotografaram para os registros, como fazem com outros prisioneiros.
Park ficará detida por até 20 dias enquanto é investigada e possivelmente acusada de crimes que podem condená-la à prisão por até 10 anos.
Por ser uma ex-presidente, é provável que ela receba uma cela um pouco maior do que as unidades de 6,56 metros quadrados ocupadas por outras pessoas acusadas pelo mesmo escândalo, incluindo o ex-vice-presidente do Grupo Samsung, Jay Y. Lee.
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