Líderes mundiais pressionam Trump sobre clima no início de cúpula do G20
Líderes mundiais aumentaram a pressão para que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, faça concessões em relação ao clima e ao comércio na largada da cúpula do G20 na Alemanha, em meio a confrontos entre policiais e manifestantes.
Em um comunicado conjunto emitido enquanto os líderes mundiais se reuniam em um vasto centro de convenções de Hamburgo, o grupo Brics, formado por Brasil, Rússia, Índia e China, pediu em comunicado que o G20 pressione pela implantação do acordo climático de Paris, apesar de Trump ter decidido retirar seu país do pacto no mês passado.
"O acordo de Paris contra a mudança climática é um consenso importante que não vem facilmente e não deve ser abandonado facilmente", disse o presidente chinês, Xi Jinping.
A primeira-ministra britânica, Theresa May, disse que os líderes do G20 irão exortar Trump a reconsiderar sua decisão sobre Paris.
"Não iremos renegociar o acordo de Paris, ele permanece, mas quero ver os EUA procurando maneiras de voltar a ele", disse ela à rede BBC.
A reunião ocorre em um momento de grandes alterações no cenário geopolítico global, no qual as políticas "A América em Primeiro Lugar" de Trump estão aproximando a Europa e a China.
Trump irá conversar com o presidente russo, Vladimir Putin, pela primeira vez na tarde desta sexta-feira (7), um encontro que será acompanhado com atenção devido às alegações de agências de inteligência dos EUA de que Moscou interferiu na eleição norte-americana para ajudar Trump a vencer.
A cúpula também aproxima Trump e Xi em um momento no qual Washington está aumentando a pressão para que Pequim contenha a Coreia do Norte e ameaçando os chineses com medidas comerciais punitivas.
Em meio aos grandes egos e aos conflitos aparentemente intratáveis, a chanceler alemã e anfitriã, Angela Merkel, enfrenta a tarefa intimidante de guiar seus colegas rumo a um consenso sobre comércio, clima e migração -- todos temas que se tornaram mais polarizados desde que Trump assumiu a Casa Branca meio ano atrás.
Ela terá uma eleição em pouco menos de dois meses e não pode parecer submissa a Trump, que é profundamente impopular na Alemanha, e tampouco irá se mostrar disposta a um confronto declarado que poderia agravar as tensões com Washington.
"Existe um equilíbrio bastante delicado que Angela Merkel terá que navegar de certa maneira, porque não está claro que ser agressivo não irá só criar um problema de credibilidade ainda maior para a cooperação do G20", disse o ministro das Finanças da Indonésia, Sri Mulyani Indrawati, à Reuters em uma entrevista.
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