EUA dizem ter abatido míssil de teste semelhante aos da Coreia do Norte
WASHINGTON (Reuters) - Os Estados Unidos disseram nesta terça-feira que abateram um míssil balístico de alcance intermediário (IRBM, na sigla em inglês) simulado semelhante aos que estão sendo desenvolvidos em países como a Coreia do Norte, em um novo teste das defesas norte-americanas.
Planejado meses atrás, o teste de defesa de mísseis dos EUA sobre o Oceano Pacífico ganhou importância desde que o lançamento norte-coreano de um míssil balístico intercontinental acentuou os temores a respeito da ameaça de Pyongyang.
O teste foi o primeiro do sistema Terminal de Defesa Aérea de Alta Altitude (Thaad, na sigla em inglês) contra um IRBM, que especialistas dizem ser um alvo mais rápido e mais difícil de atingir do que mísseis de menor alcance.
A Agência de Defesa de Mísseis dos EUA disse que o IRBM foi feito para se comportar de maneira similar aos tipos de mísseis que poderiam ameaçar o território norte-americano.
"A demonstração bem-sucedida do Thaad contra a ameaça de um míssil do alcance de um IRBM fortalece a capacidade defensiva do país contra ameaças de mísseis em desenvolvimento na Coreia do Norte e em outros países", disse a Agência de Defesa de Mísseis em um comunicado.
Os EUA instalaram o Thaad em Guam e na Coreia do Sul como contraponto às ameaças da Coreia do Norte. O Thaad, um sistema de defesa de mísseis de solo, foi concebido para abater mísseis balísticos de alcance curto, médio e intermediário.
Em seu teste mais recente, um Thaad instalado em Kodiak, no Alasca, interceptou um míssil balístico lançado do ar por uma aeronave C-17 que voava ao norte do Havaí, informou a agência em um comunicado.
Com isso, o Thaad registra 100 por cento de sucesso em 14 tentativas de interceptação desde que os testes de voo começaram, pouco mais de uma década atrás.
A Lockheed Martin Corp, principal fornecedora do Thaad, disse que o sistema consegue interceptar mísseis tanto dentro quanto fora da atmosfera da Terra.
Washington enviou o Thaad à Coreia do Sul neste ano para protegê-la dos mísseis norte-coreanos de menor alcance --o que atraiu críticas duras da China, que disse que seu radar poderoso pode examinar profundamente seu território.
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