Comandante dos EUA no Afeganistão diz que plano de Trump significa presença de longo prazo
CABUL (Reuters) - O principal comandante militar dos Estados Unidos no Afeganistão disse nesta quinta-feira que a nova estratégia do presidente dos EUA, Donald Trump, é sinal de um compromisso de longo prazo com uma guerra que já é a mais longa do país, e exortou os insurgentes do Taliban a concordarem com conversas de paz.
"O Taliban não pode vencer no campo de batalha, é hora de eles se juntarem ao processo de paz", disse o general John Nicholson a repórteres na capital afegã, Cabul. "Não fracassaremos no Afeganistão, nossa segurança nacional também depende disso".
Críticos, entre eles o próprio Trump durante a campanha presidencial de 2016, argumentaram que o Afeganistão não está mais perto da paz apesar dos bilhões de dólares gastos no país e dos quase 16 anos de operações militares dos EUA e aliados.
Em fevereiro, Nicholson disse ao Congresso norte-americano que precisa de mais "alguns milhares" de soldados no Afeganistão, a maior parte para aconselhar as forças de segurança afegãs que combatem o Taliban, o Estado Islâmico e outros insurgentes islâmicos.
Trump aprovou recentemente uma presença norte-americana prolongada em solo afegão, embora nem ele nem seus líderes militares tenham dado detalhes sobre o número das tropas ou prazos.
A força atual dos EUA para a missão predominantemente de aconselhamento e assistência no Afeganistão é de cerca de 8.400 efetivos, bem menos que os 100 mil presentes durante a "arremetida" decidida pelo antecessor de Trump, Barack Obama.
Vários milhares de soldados adicionais vão ao país estrangeiro com frequência para missões "temporárias" ou incontáveis outras.
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