Governo Trump adota novas verificações para receber refugiados, mostra documento
Por Mica Rosenberg e Yeganeh Torbati
NOVA YORK/WASHINGTON (Reuters) - O governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, exigirá que todos os refugiados forneçam informações sobre seu paradeiro na década anterior, o dobro do que se cobrava antes, durante as verificações de concessão de entrada no país a partir de quarta-feira, de acordo com um documento do Departamento de Estado visto pela Reuters.
O governo dos EUA também está adotando uma medida que, segundo defensores dos refugiados, na prática interromperá a acolhida da maioria dos refugiados homens e adultos de 11 países, além de alguns palestinos, para os quais um tipo de verificação de segurança avançada será exigido a partir de agora.
O governo instruiu as organizações que registram refugiados no exterior a não apresentarem solicitações para este tipo de verificação, conhecida como Opinião de Aconselhamento de Segurança, até que as novas diretrizes sejam enviadas.
As alterações, que segundo o memorando entrarão em vigor na quarta-feira, chegam ao final de uma proibição de 120 dias à entrada da maioria dos refugiados, ordenada por Trump para uma revisão dos processos de verificação. Os 120 dias terminam nesta terça-feira.
Trump tomou posse em janeiro com o objetivo de reduzir drasticamente o ingresso de refugiados, meta alinhada às políticas de imigração rígidas que tiveram destaque na campanha eleitoral do republicano em 2016. Ele logo emitiu decretos proibindo temporariamente a entrada de refugiados e viajantes de alguns países do Oriente Médio e da África que foram contestados nos tribunais.
Os opositores das proibições argumentam que as políticas almejam barrar muçulmanos nos EUA. O governo negou qualquer intenção de discriminar e afirmou que suas restrições de viagem e medidas de segurança visam proteger o país de atos terroristas.
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