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Varejista dos EUA Dick's Sporting Goods para de vender alguns modelos de armas e pede ação do Congresso

28/02/2018 18h46

Por Susan Heavey e Nandita Bose

WASHINGTON/NOVA YORK (Reuters) - A Dick’s Sporting Goods informou nesta quarta-feira que irá parar permanentemente de vender fuzis de assalto, após o massacre em uma escola na Flórida reabrir um intenso debate sobre controle de armas nos Estados Unidos.

A varejista norte-americana de materiais esportivos e para camping e de armas também irá parar de vender munições de alta capacidade e não irá vender armas para pessoas abaixo de 21 anos, disse o executivo-chefe da Dick’s, Ed Stack, em carta aberta publicada no site da companhia.

O anúncio aconteceu num momento em que as aulas eram retomadas na escola Marjory Stoneman Douglas, em Parkland, Flórida, onde 17 pessoas, em maioria alunos, foram mortas há duas semanas em um dos ataques a tiros mais mortais dos Estados Unidos.

O acusado, Nikolas Cruz, de 19 anos, comprou legalmente uma arma na Dick’s em novembro, embora não tenha sido o modelo usado no ataque, disse Stack. Cruz, um ex-aluno da Stoneman Douglas, é acusado de ter usado um fuzil de assalto AR-15 para realizar o ataque.

O massacre gerou uma onda de protestos liderados por jovens, e autoridades estaduais e nacionais estão considerando a aprovação de medidas mais rígidas de controle de armas. A poderosa Associação Nacional do Rifle (NRA) tradicionalmente se opõe a tais contenções, citando o direito de portar armas sob a Segunda Emenda da Constituição dos EUA.