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Nasa lançará novo satélite em busca de planetas fora do Sistema Solar

Ilustração de vista de um dos exoplanetas que giram em torno da estrela Trappist-1, descobertos pela Nasa em 2017 - Nasa
Ilustração de vista de um dos exoplanetas que giram em torno da estrela Trappist-1, descobertos pela Nasa em 2017 Imagem: Nasa

Steve Gorman

29/03/2018 21h00

A busca por planetas orbitando estrelas bem além do nosso sistema solar irá se intensificar nas próximas semanas com o lançamento de um veículo espacial da Nasa. Com ele, cientistas esperam poder aumentar o catálogo dos chamados exoplanetas, que podem ter capacidade de suportar vida.

A Nasa planeja colocar o Satélite em Trânsito de Pesquisa por Exoplanetas, ou Tess, na sigla em inglês, em órbita a partir do Kennedy Space Center, na Flórida, a bordo de um foguete SpaceX Falcon 9 marcado para lançamento em 16 de abril, em uma missão de dois anos com custo de US$ 337 milhões.

O empenho astrofísico mais recente da Nasa é projetado para continuar o trabalho de seu antecessor, o telescópio espacial Kepler, que descobriu a maior parte dos cerca de 3.500 exoplanetas documentados durante os últimos 20 anos, revolucionando um dos campos mais recentes na ciência espacial.

A Nasa espera que o Tess detecte milhares de planetas anteriormente desconhecidos, talvez centenas deles com formato da Terra ou "super-Terra" - não mais que duas vezes maior que nosso planeta.

Acredita-se que tais planetas tenham as maiores chances de ter superfícies rochosas ou oceanos, e são então considerados os candidatos mais promissores para a evolução da vida, ao contrário de gigantes gasosos similares a Júpiter ou Netuno.

Astrônomos dizem que esperam ficar com cerca de 100 mais exoplanetas rochosos para estudar.

A nova sonda irá demorar cerca de 60 dias para alcançar sua inédita órbita elíptica, que irá girar o Tess entre a Terra e a Lua a cada duas semanas e meia.

O sistema de posicionamento do Kepler quebrou em 2013, cerca de quatro anos após seu lançamento. Embora cientistas tenham encontrado uma maneira de mantê-lo operacional, o Kepler está quase sem combustível.

"Então é um momento perfeito para lançarmos o Tess e continuarmos a grande atividade de buscar planetas ao redor de estrelas em vez do nosso sol e pensar sobre o que pode significar para a vida no universo", disse o diretor de astrofísica da Nasa, Paul Hertz, a repórteres durante entrevista coletiva em Washington nesta quarta-feira (28).

O Tess, que tem cerca do tamanho de uma geladeira com asas de painéis solares, é equipado com quatro câmeras especiais para inspecionar 200 mil estrelas que estão relativamente próximas ao sol e assim entre as mais brilhantes no céu, buscando aquelas com planetas próprios.