Quase 600 pessoas são presas por ocuparem Senado dos EUA contra política imigratória de Trump
Quase 600 manifestantes foram presos durante uma ocupação de um prédio de escritórios do Senado dos Estados Unidos em Washington nesta quinta-feira (28), quando condenaram com gritos a posição de "tolerância zero" do presidente norte-americano, Donald Trump, sobre imigração ilegal.
Os manifestantes, em sua maioria mulheres vestidas de branco, estavam sentados no chão de mármore do edifício do Senado e se enrolaram em cobertores de prata, semelhantes àqueles dados a crianças imigrantes separadas de suas famílias por agentes de imigração dos EUA.
Suas palavras de ordem "falem alto, falem claro, imigrantes são bem-vindos aqui" ecoaram pelo prédio, atraindo funcionários do Senado ao mezanino superior, de onde assistiram ao protesto.
A Polícia do Capitólio alertou os manifestantes que seriam presos se não deixassem o prédio. Logo depois, os ativistas foram enfileirados contra uma parede em pequenos grupos e a polícia confiscou seus cobertores e placas.
Levou cerca de 90 minutos para a polícia prendê-los e encerrar o protesto. A parlamentar Pramila Jayapal, uma democrata, sentou com os manifestantes e também foi presa.
Em nota, a Polícia do Capitólio disse que cerca de 575 pessoas foram indiciadas por manifestação ilegal e que seriam processadas no local e soltas. Eles disseram que pessoas que foram acusadas e multadas poderiam pagar 24 horas após sua prisão, mas não ficou claro quem foi multado e em quanto.
As senadoras Mazie Hirono, Tammy Duckworth, Kirsten Gillibrand e o senador Jeff Merkley, democratas que têm criticado as políticas de imigração de Trump, passaram pela polícia e conversaram com algumas das mulheres. Gillibrand levantou uma placa que dizia: "Acabar com detenções agora".
A Marcha das Mulheres, um movimento iniciado quando Trump tomou posse em 2017 e se disseminou mundialmente, pediu às mulheres que corressem o risco de ser presas no protesto desta quinta-feira.
Antes de chegar ao Capitólio, o protesto passou pela avenida Pensylvannia, parando para entoar "Vergonha! Vergonha! Vergonha! diante do Trump International Hotel.
A Marcha das Mulheres é parte de uma onda de ações contra Trump, cuja gestão começou a processar em maio todos os adultos que cruzem a fronteira sem autorização.
Mais de 2.000 crianças que chegaram ilegalmente nos Estados Unidos com parentes adultos foram separadas de suas famílias e colocadas em centros de detenção ou com famílias adotivas nos Estados Unidos.
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