Negociações nucleares não avançam conforme Irã exige mais após saída dos EUA
Por Parisa Hafezi e John Irish
VIENA (Reuters) - As potências mundiais e o Irã parecem não ter feito nenhum avanço concreto nesta sexta-feira em negociações para fornecer a Teerã um pacote econômico para compensar as sanções dos EUA que começam a entrar em vigor em agosto.
Ministros do Reino Unido, China, França, Alemanha e Rússia encontraram seu colega iraniano em Viena pela primeira vez desde que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, deixou um acordo nuclear em maio, mas os diplomatas viram limites para salvá-lo.
Trump retirou os Estados Unidos do acordo multinacional sob o qual as sanções ao Irã foram suspensas em troca de restrições em seu programa nuclear, verificado pela Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA). Desde então, Washington disse aos países que devem parar de comprar o petróleo do Irã a partir de 4 de novembro ou enfrentar consequências financeiras.
Falando após três horas de conversas, a comissão de Relações Exteriores da União Europeia, Federica Mogherini, que conduziu as negociações, leu uma declaração das seis delegações repetindo prioridades anunciadas anteriormente, desde garantir a receita do petróleo iraniano até os laços marítimos, bancos e todas as outras cooperações comerciais e de investimento.
"Os participantes concordaram em manter o progresso sob revisão e em reunir novamente a comissão conjunta, inclusive em nível ministerial, conforme apropriado, a fim de promover esforços comuns", disse Mogherini, acrescentando que todos os lados estão determinados a encontrar e implementar soluções.
Ao contrário das reuniões anteriores, Mogherini não aceitou perguntas.
"Todos os compromissos assumidos hoje devem ser implementados antes do prazo final de agosto... cabe à liderança em Teerã decidir se o Irã deve permanecer no acordo... a proposta não é precisa e completa", disse Mohammed Javad Zarif aos repórteres.
(Reportagem adicional de François Murphy)
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