Um ano após ameaçar Kim na ONU, Trump deve exaltar aproximação entre EUA e Coreia do Norte
Um ano após Donald Trump ter ameaçado "destruir totalmente" a Coreia do Norte em seu primeiro discurso na Organização das Nações Unidas (ONU), o presidente norte-americano voltará a discursar em Nova York nesta semana para exaltar os esforços diplomáticos que reduziram o risco de guerra.
Embora a retórica de Trump na Assembleia Geral das Nações Unidas deva diferir acentuadamente do discurso feito em 2017, no qual ele referiu-se ao líder norte-coreano Kim Jong Un como "homem foguete" em uma "missão suicida", algumas autoridades norte-americanas e analistas disseram que Pyongyang ainda precisa adotar medidas concretas para mostrar que está preparada para desistir de um arsenal nuclear que ameaça os EUA.
A mudança de humor foi selada quando Trump e Kim se encontraram em uma reunião sem precedentes em 12 de junho em Cingapura. Na semana passada, o líder norte-coreano prometeu ao presidente sul-coreano, Moon Jae-in, desmantelar um local de mísseis e também um complexo nuclear - se os EUA tomarem "medida correspondente".
Ainda que pareçam sinalizar um tom positivo, os compromissos ficam bem aquém das exigências de Washington de inventário completo dos programas de armas da Coreia do Norte e medidas irreversíveis para desnuclearização.
Trump deve se reunir com Moon na segunda-feira para obter relato em primeira mão da cúpula coreana antes do discurso na ONU na terça-feira.
Enquanto isso, o secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, propôs ima reunião com seu equivalente norte-coreano, o ministro de Relações Exteriores, Ri Yong Ho, e planeja presidir um encontro do Conselho de Segurança da ONU sobre esforços de desnuclearização na quinta-feira.
Algumas autoridades dos EUA temem que Trump esteja adotando uma visão excessivamente otimista em relação aos desdobramentos na Coreia do Norte.
Na semana passada, Trump classificou a declaração conjunta de Moon e Kim como "muito animadora". Anteriormente, ele disse que estava disposto a encontrar Kim uma segunda vez, apesar da falta de progresso claro desde a primeira reunião em Cingapura.
(Reportagem adicional de John Walcott)
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