Senadores dos EUA buscam maneiras de punir sauditas por morte de Khashoggi
Por Patricia Zengerle
WASHINGTON (Reuters) - Senadores dos Estados Unidos que buscam alguma punição para o príncipe da coroa saudita, Mohammed bin Salman, pela morte do jornalista Jamal Khashoggi, disseram na quinta-feira que querem votar na semana que vem para penalizar o governo de Riad, mas que ainda discutem sobre a melhor maneira de fazê-lo.
Apesar do desejo do presidente Donald Trump em manter laços próximos com a Arábia Saudita, vários de seus colegas republicanos se juntaram a democratas para culpar o príncipe saudita pela morte de Khashoggi e apoiar legislações para responder ao caso encerrando o apoio dos EUA para a campanha militar liderada pelos sauditas no Iêmen, impondo novas sanções e suspendendo as vendas de armas para o país.
Outros, no entanto, se opõem fortemente a misturar o conflito no Iêmen com a morte de um jornalista.
"Seria um erro quebrar a relação com os sauditas. Ela não é baseada tanto em amizade, mas em interesses comuns, como o combate ao extremismo no Oriente Médio e enfrentar a ameaça iraniana", disse o senador John Cornyn, o republicano número 2 da Casa.
Cinco senadores republicanos e democratas se encontraram a portas fechadas na manhã de quinta-feira para discutir como proceder, dizendo posteriormente que ainda não tinham se decidido sobre uma iniciativa que poderia conquistar o apoio bipartidário suficiente para que fosse aprovada no Senado.
A falta de um acordo contrastava com as palavras pesadas de alguns senadores na terça-feira sobre o príncipe saudita, o governante de fato do reino, que negou qualquer conhecimento da operação que terminou com a morte de Khashoggi no dia 2 de outubro no consulado saudita em Istambul.
Um pronunciamento da diretora da Agência Central de Inteligência (CIA), Gina Haspel, a senadores na terça-feira fortaleceu a determinação para agir contra o príncipe, conhecido como MbS, e que tem o apoio de Trump.
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