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Tite continuará como técnico da seleção até Copa do Catar, diz CBF

25/01/2019 10h33

Por Rodrigo Viga Gaier

RIO DE JANEIRO (Reuters) - O presidente eleito da CBF, Rogério Caboclo, afirmou que o futuro do técnico Tite não está condicionado ao desempenho do Brasil na Copa América deste ano e garantiu que o treinador vai permanecer no cargo até a Copa do Catar em 2022

Cabloco, que assume em abril, afirmou em entrevista à Reuters que é preciso dar tranquilidade ao treinador para que ele possa realizar um ciclo completo à frente da seleção brasileira.

Nos bastidores da CBF, especula-se que um fracasso do Brasil na Copa América poderia colocar o treinador sob ameaça. A seleção brasileira fracassou no mundial da Rússia, quando foi eliminada nas quartas de final para Bélgica.

"(O futuro do Tite) não depende da Copa América. Não existe essa relação", disse Caboclo após o sorteio de grupos da Copa América. "O contrato dele foi feito por 4 anos para serem cumpridos os 4 anos. Mesmo que não seja campeão", adicionou.

O treinador brasileiro tentou tirar o peso da pressão sobre a seleção e afirmou que a obrigação do Brasil será ter um grande desempenho. "Sou obrigado a ter um grande desempenho e tenho obrigação de representar o Brasil, ser digno, correto, competente, mas de resultado não", avaliou ele.

Ao ser questionado sobre o que poderia ocorrer caso a seleção não conquiste a Copa América em casa, o treinador desconversou. "Deixa o 'timing' das coisas acontecer. Guarda essa pergunta e para eu te responder mais lá na frente", disse Tite.

O grupo do Brasil na Copa América terá seleções de menor tradição como Bolívia, Peru e Venezuela. O grupo B, já está sendo considerado o da morte com equipes como Argentina, Colômbia, Paraguai e Catar. Já o grupo C ficou mais equilibrado e conta com as seleções do Uruguai, Chile, Equador e Japão.

O presidente da CBF admitiu que o grupo do Brasil é o mais fácil dos três. Isso, teoricamente, aumenta a pressão em cima da seleção e de Tite por um bom desempenho na competição. “O grupo está longe de ser um pesadelo para o Brasil. Temos que jogar bola dentro de campo”, declarou ele à Reuters

O treinador do Brasil reconheceu a fragilidade do grupo mas ressaltou que a seleção não deve esperar facilidade nos jogos contra os adversários da primeira chave. “Claro que Bolívia e Venezuela não estão bem ranqueadas e teoricamente não têm o mesmo nível técnico que o Peru, mas isso não significa facilidade dentro de campo”, finalizou.