Canadá precisa fazer mais para garantir suprimentos médicos dos EUA, diz premiê
Por David Ljunggren
OTTAWA (Reuters) - O Canadá precisa fazer mais para persuadir Washington a não barrar o fluxo de suprimentos médicos pela fronteira, embora autoridades dos Estados Unidos tenham permitido a exportação de 500 mil máscaras, disse o primeiro-ministro Justin Trudeau nesta terça-feira.
Trudeau disse em um briefing que as máscaras cirúrgicas N95 da 3M de Saint Paul, no Minnesota – parte de uma leva de quatro milhões encomendada pela província de Ontario para ajudar a enfrentar o coronavírus – devem chegar na quarta-feira.
Autoridades canadenses pressionaram suas contrapartes norte-americanas depois que Ontario se queixou de que o carregamento foi bloqueado. O presidente dos EUA, Donald Trump, assinou um decreto na semana passada proibindo a exportação de equipamentos de proteção pessoal.
"Tivemos conversas construtivas e produtivas para fazer com que este carregamento em particular chegue, mas reconhecemos que ainda há mais trabalho a ser feito", disse Trudeau.
"Continuaremos a ressaltar ao governo americano até que ponto os suprimentos e serviços de saúde vêm e vão através dessa fronteira", continuou.
Na noite de segunda-feira, a 3M disse que firmou um acordo com o governo Trump que permite que as exportações para o Canadá continuem.
O número de mortos canadenses do surto subiu de 293 para 345 na segunda-feira, disse a principal autoridade médica do país, Theresa Tam, em um briefing diário.
O total de casos é de 17.063 – um dia antes era de 15.822.
Tam disse recear que a doença esteja se espalhando rapidamente em setores vulneráveis, como casas de repouso, prisões e comunidades aborígenes remotas, onde os recursos de saúde já estão limitados.
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