Macron anuncia toque de recolher noturno na França para combater Covid-19
Por Benoit Van Overstraeten e Christian Lowe
PARIS (Reuters) - A França irá impor um toque de recolher noturno a quase um terço da população de 67 milhões de pessoas para combater um ressurgimento do coronavírus, embora um novo lockdown nacional não esteja previsto, disse o presidente Emmanuel Macron nesta quarta-feira.
Macron anunciou o toque de recolher, que entrará em vigor a partir de sábado e ocorrerá todas as noites a partir das 21h até as 6h da manhã seguinte, logo após o governo declarar um novo estado de emergência de saúde pública. As restrições vão durar, pelo menos, quatro semanas.
O presidente disse que o toque de recolher será imposto na regiões da Grande Paris, Marselha, Toulouse, Montpellier e cinco outras cidades.
"Estamos em uma segunda onda", disse Macron em entrevista à rede nacional de televisão. "Temos que reagir."
A França, como outros países europeus, está lutando para desacelerar a propagação do vírus e aliviar a pressão sobre um sistema de saúde mais uma vez sobrecarregado, enquanto mantém sua economia de 2,3 trilhões de euros aberta e protegendo empregos.
Nesta quarta-feira, o país registrou 22.591 novos casos de coronavírus, o terceiro dia em seis na qual a contagem diária ultrapassou a marca de 20.000. O vírus já matou mais de 32.000 pessoas no país.
Macron disse que a França não perdeu o controle do vírus, mas acrescentou: "Estamos em uma situação preocupante".
As populações sob o toque de recolher noturno não poderão ir a restaurantes ou a casas de amigos à noite, embora deslocamentos essenciais durante o período ainda sejam permitidos, disse Macron.
Qualquer pessoa que viole o toque de recolher será multada em 135 euros.
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