"Nem a pandemia" deterá protestos na Colômbia, dizem líderes de atos
Por Nelson Bocanegra
BOGOTÁ (Reuters) - Milhares de membros de sindicatos, estudantes e indígenas compareceram nesta quarta-feira a uma greve nacional na Colômbia para protestar contra as políticas sociais e econômicas do governo do presidente Iván Duque, o assassinato de ativistas de direitos humanos e a violência da polícia.
As marchas são as mais recentes de uma série de protestos esporádicos que começaram no final do ano passado, incluindo as manifestações de setembro contra a brutalidade policial, que causaram 13 mortes.
O governo alertou os manifestantes que seus atos aumentam o risco de novas infecções de coronavírus. A Colômbia, que estava sob lockdown há mais de cinco meses, deve chegar a 1 milhão de infecções confirmadas no final desta semana.
Os manifestantes estão exigindo uma variedade de concessões do governo, entre elas uma renda garantida para aqueles que perderam o emprego na pandemia, mais financiamento para a saúde e a educação e medidas para deter a violência de gênero.
"Estamos pedindo que não haja mais massacres de nossos líderes indígenas", disse Harold Arias, de 32 anos, um dos milhares de indígenas que foram a Bogotá para protestar na Praça Bolívar.
Líderes dos protestos, incluindo representantes indígenas, exigiram uma reunião com Duque para debater os assassinatos de ativistas, cujas mortes o governo atribui a gangues de criminosos e rebeldes de esquerda.
"Nem mesmo a pandemia deterá nosso movimento", disse Hermes Pete, chefe do Conselho Regional Indígena de Cauca (CRIC).
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