Bolsonaro aponta morte ou vitória para futuro e descarta chance de ser preso
BRASÍLIA (Reuters) - O presidente Jair Bolsonaro citou neste sábado prisão, morte ou vitória como perspectivas para seu futuro, mas rapidamente descartou a chance de ser preso.
"Tenho três alternativas para o meu futuro: estar preso, ser morto ou a vitória. Pode ter certeza: a primeira alternativa, preso, não existe", afirmou ele, ao participar do 1º Encontro Fraternal de Líderes Evangélicos em Goiânia.
"Nenhum homem aqui na Terra vai me amedrontar. Tenho a consciência de que estou fazendo a coisa certa. Não devo nada a ninguém. E ninguém deve nada a mim também", completou ele.
Sempre duramente criticada por Bolsonaro, o presidente disse que a CPI da Covid no Senado enquadrou como gabinete paralelo a promoção de lives sobre o tratamento precoce, mas em seguida emendou ter confiança em seu posicionamento e que tomou hidroxicloroquina após ter contraído o coronavírus por orientação "de pessoas", não pela sua cabeça.
"Nós estamos do lado certo, nós temos a pureza, nós queremos a solução, nós temos Deus no coração, não temos maldade", disse.
"TUDO TEM LIMITE"
Bolsonaro voltou a criticar a atuação do presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luís Roberto Barroso, e disse não desejar rupturas, mas pontuando que há limite para tudo.
"Quando um presidente de um Tribunal Superior Eleitoral desmonetiza páginas de apoiadores do governo, ele abre brecha para que presidentes de tribunais regionais eleitorais façam a mesma coisa pra defender o seu respectivo governador. Isso não é democracia. A liberdade de expressão tem que valer para todos", afirmou ele.
"Temos um presidente que não deseja e nem provoca rupturas, mas tudo tem um limite em nossa vida. Não podemos continuar convivendo com isso", acrescentou ele.
O presidente conclamou a participação de evangélicos nas manifestações a seu favor marcadas para 7 de setembro.
Bolsonaro disse haver preocupação de todos com o vírus, em referência à pandemia de Covid-19, mas pontuou que fome e miséria também matam, voltando a criticar lockdowns e o fechamento de igrejas.
"O objetivo de alguns era quebrar o governo pela economia. Não conseguiram", disse, repetindo uma declaração recorrente, complementando que o governo federal "tudo fez desde o primeiro momento" para o combate à pandemia.
(Por Marcela Ayres)
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