UE negocia com outros fornecedores em meio a preocupação com fluxo de gás russo
Por Kate Abnett e Sabine Siebold
BRUXELAS (Reuters) - A União Europeia está conversando com os Estados Unidos e outros fornecedores sobre o aumento das entregas de gás para a Europa em meio à preocupação com o fornecimento da Rússia, disse a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.
"Estamos construindo uma parceria para segurança energética com os Estados Unidos, que é principalmente sobre mais fornecimento de gás GNL. Estamos conversando com outros fornecedores de gás, por exemplo a Noruega, sobre aumentar seus fornecimentos para a Europa", afirmou von der Leyen em uma conferência organizada pela mídia alemã Der Tagesspiegel, Die Zeit, Handelsblatt e Wirtschaftswoche nesta segunda-feira.
As crescentes tensões entre o Ocidente e Moscou sobre a Ucrânia levantaram preocupações sobre os fluxos de gás russo para a Europa. Os preços subiram para níveis recordes nos últimos meses em meio a fatores como importações da Rússia abaixo do esperado.
O armazenamento de gás da Europa está cerca de 10% menor do que o normal para a época do ano. A Gazprom disse que está cumprindo todos os contratos de longo prazo, mas foi acusada por autoridades da UE e pela Agência Internacional de Energia de contribuir para uma oferta insuficiente para a Europa em meio ao impasse sobre a Ucrânia.
Von der Leyen disse que era "estranho" que a Gazprom parecesse desinteressada em aumentar o fornecimento de gás para a Europa, apesar dos preços recordes e da enorme demanda.
"Há sinais crescentes de que o Kremlin continua usando o fornecimento de gás como meio de exercer pressão política", declarou ela.
A Rússia fornece cerca de 40% do gás da UE. O impacto potencial sobre essa oferta se a Rússia invadir a Ucrânia levou a UE a aumentar a busca de oferta de outros países.
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