Topo

Maioria dos eleitores confia em urna eletrônica, mas vê algum risco de fraude, aponta pesquisa

Desde que as urnas eletrônicas foram implantadas no Brasil, em 1996, nunca houve nenhum indício de fraude - SOPA Images/SOPA Images/LightRocket via Gett
Desde que as urnas eletrônicas foram implantadas no Brasil, em 1996, nunca houve nenhum indício de fraude Imagem: SOPA Images/SOPA Images/LightRocket via Gett

Eduardo Simões

25/08/2022 12h53

Pesquisa AtlasIntel divulgada nesta quinta-feira apontou que a maioria dos entrevistados confia na urna eletrônica, ao mesmo tempo que também mais de 50% dos ouvidos vê algum risco de fraude eleitoral, mesmo que pequeno.

Segundo o levantamento, feito pela internet e com margem de erro de 1 ponto percentual, 52,6% disseram confiar nas urnas eletrônicas, ao passo que 36,1% afirmaram não confiar. Ao mesmo tempo, 57,7% disseram ver risco de fraude — 35,7% risco alto e 22% risco baixo —, enquanto 31,7% avaliaram não haver risco nenhum.

Desde que as urnas eletrônicas foram implantadas no Brasil, em 1996, nunca houve nenhum indício de fraude.

Para a pesquisa encomendada pela consultoria política Arko Advice, o AtlasIntel coletou respostas de 7.475 pessoas pela internet entre os dias 20 e 24 de agosto.

Contra maconha e aborto

A pesquisa AtlasIntel também apontou ampla rejeição da população à legalização da maconha e do aborto, bandeiras que o presidente Jair Bolsonaro (PL) atribui falsamente ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em sua cruzada na pauta de costumes que visa principalmente elevar a rejeição do petista entre evangélicos.

De acordo com a pesquisa, 68,5% se colocaram contra a legalização da maconha, enquanto 19,6% afirmaram ser a favor. Ainda, 60,8% declararam-se contra a legalização do aborto, ao passo que 20,7% disseram-se favoráveis.

Ditadura nunca mais

O levantamento online também mostrou esmagadora rejeição à instalação de uma ditadura militar no Brasil, com 78% contrários e apenas 8,9% favoráveis.

Bolsonaro costuma elogiar a ditadura militar que governou o Brasil entre 1964 e 1985 e, em protestos favoráveis ao presidente, apoiadores muitas vezes pedem uma "intervenção militar" e o fechamento do Supremo Tribunal Federal (STF).