Lula promete primeiro escalão com mulheres, negros e indígenas se eleito
Por Lisandra Paraguassu
BRASÍLIA (Reuters) - O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) comprometeu-se a ampliar o espaço dado a mulheres, negros e indígenas em seu governo, caso seja eleito este ano para voltar à Presidência.
"Certamente as mulheres terão uma participação muito forte no governo porque elas são a metade da sociedade brasileira. Então é preciso que a gente faça a participação adequada das mulheres", disse Lula em entrevista a jornalistas em Montes Claros (MG), onde faz um comício na noite desta quinta-feira.
O ex-presidente ressaltou ainda que seu governo terá a participação de homens e mulheres negras e de indígenas, e voltou a citar a criação de um Ministério dos Povos Originários, além de destacar que o país tem indígenas preparados para cuidar, por exemplo, da Fundação Nacional do Índio (Funai) e da área de saúde indígena.
"O Brasil mudou. Lamentavelmente o governo que está aí que não aproveita isso porque não gosta de negros, não gosta de indígena, não gostas de floresta, não gosta de nada ecologicamente correto", afirmou, em crítica ao governo do presidente e candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL).
Em debate entre os candidatos à Presidência há duas semanas, Lula foi criticado porque não quis se comprometer com uma meta de ter metade dos cargos de seu primeiro escalão ocupados por mulheres. Dessa vez, o ex-presidente disse que não pode dar um número específico porque irá discutir a formação do governo depois de eleito, mas prometeu uma participação "muito forte".
"Eu só não posso ficar prometendo que vão ter tantas pessoas ali, tantas pessoas acolá. Primeiro nós temos que ganhar as eleições. Depois que ganharmos as eleições nós temos que juntar os 10 partidos que nos apoiaram para que a gente discuta a montagem do governo", explicou.
Lula disse ainda que está trabalhando para ganhar a eleição no primeiro turno e que espera conseguir, e afirmou que depois de eleito irá conversar com partidos que hoje não estão na sua aliança, em afirmação feita em resposta a uma questão sobre a possibilidade de ter o apoio do PDT, de Ciro Gomes, em um eventual segundo turno ou mesmo no governo, se for eleito.
O PT e seus aliados passaram a investir nos últimos dias em tentar conquistar votos de Ciro e de Simone Tebet (MDB) para conseguir encerrar a eleição no primeiro turno. Até aqui, o próprio Lula evitava falar nessa possibilidade, mas recentemente passou a destacar o fato de que as pesquisas indicam que ele tem chance de encerrar a eleição no dia 2 de outubro.
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