Estados dos EUA contestam restrições à pílula do aborto
![Manifestantes pró-aborto marcham para o Capitólio, em Madison, Wisconsin (EUA) - 22.jan.2023 - Eric Cox/Reuters](https://conteudo.imguol.com.br/c/noticias/08/2023/02/23/22jan2023---manifestantes-pro-aborto-marcham-para-o-capitolio-em-madison-wisconsin-eua-1677192715904_v2_900x506.jpg)
Doze Estados norte-americanos liderados pelos democratas processaram a FDA (Agência de Alimentos e Medicamentos dos Estados Unidos, na sigla em inglês) contestando restrições federais impostas à distribuição da pílula abortiva mifepristona.
O argumento utilizado é que esses limites não estão apoiados em evidências.
Liderado pelos estados de Washington e Oregon, o processo foi protocolado na quinta-feira em um tribunal federal em Yakima, Washington, e visa ampliar o acesso à mifepristona, permitindo que a pílula seja prescrita e ministrada por qualquer médico ou farmácia, como ocorre com a maioria dos medicamentos.
Atualmente, os médicos que prescrevem mifepristona e as farmácias que a oferecem precisam obter uma certificação especial.
Enquanto isso, no Texas, está em andamento um processo separado movido por ativistas contrários ao aborto que busca bloquear o acesso ao medicamento.
A mifepristona, em combinação com o fármaco misoprostol, foi aprovada pela FDA em 2000 para aborto medicamentoso nas primeiras dez semanas de gravidez. A interrupção da gravidez por medicamentos representa mais da metade dos abortos nos Estados Unidos.
O aborto medicamentoso tem atraído cada vez mais atenção desde que a Suprema Corte dos EUA revogou no ano passado histórica decisão proferida no caso Roe v. Wade, de 1973, que legalizava o aborto em todo o país.
A reversão permitiu que mais de uma dúzia de Estados liderados pelos republicanos adotassem novas proibições ao aborto.
O processo alega que a mifepristona é "mais segura do que muitos outros medicamentos comuns regulados pela FDA, como o Viagra e o Tylenol".
Um porta-voz da FDA se recusou a comentar o assunto.
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