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Aliados de Trump acusam governador da Flórida de violações éticas em pré-campanha

15/03/2023 15h57

Por Nathan Layne

(Reuters) - Um grupo de arrecadação de verbas ligado ao ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump acusa o governador da Flórida, Ron DeSantis, de infringir as leis estaduais ao realizar uma "campanha paralela" para presidente, marcando o mais recente ataque de Trump a seu ex-protegido e agora rival mais próximo na disputa pela nomeação do Partido Republicano para as eleições presidenciais de 2024. 

O Make America Great Again Inc, um comitê de arrecadação de campanha alinhado com o ex-presidente dos EUA, disse na quarta-feira que apresentaria uma queixa à Comissão de Ética da Flórida detalhando medidas tomadas por DeSantis que apontam para uma corrida orquestrada à Casa Branca, incluindo a arrecadação de dezenas de milhões de dólares.

Cópia de minuta da denúncia alega que DeSantis violou as leis de ética do Estado ao aceitar o que poderia equivaler a presentes ilegais, visto que ele ainda é um titular de cargo estadual que não declarou uma candidatura presidencial. Enquanto o comitê divulgava a denúncia, a comissão de ética disse à Reuters que ainda não a havia recebido.

"O governador DeSantis está aproveitando seu cargo eleito e violando seus deveres associados em um esforço coordenado para desenvolver seu perfil nacional, enriquecer a si mesmo e a seus aliados políticos e influenciar o eleitorado nacional”, diz o rascunho da denúncia.

Caso sejam encontradas irregularidades, as penalidades típicas incluem multa ou censura pública, disse Lynn Blais, porta-voz da comissão de ética. Cinco dos nove comissários foram nomeados por DeSantis.

Embora DeSantis ainda não tenha anunciado suas intenções, ele realizou uma enxurrada de eventos de arrecadação de fundos e discursos em todo o país, sugerindo que se juntará à corrida pela indicação presidencial republicana.

Pesquisas de opinião pública mostram DeSantis como a maior ameaça à indicação de Trump.

(Reportagem de Nathan Layne em Wilton, Connnecticut; Reportagem adicional de Alexandra Ulmer em San Francisco e Jason Lange em Washington)