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Putin não comparecerá ao funeral de Prigozhin, diz governo da Rússia

Yevgeny Prigozhin e Vladimir Putin nos arredores de São Petersburgo; líder do grupo mercenário teria morrido em queda de avião na semana passada, segundo o Kremlin Imagem: 20.set.2010 - Alexey DRUZHININ / SPUTNIK / AFP

Guy Faulconbridge;

Moscou

29/08/2023 07h45

O presidente russo, Vladimir Putin, não tem planos de comparecer ao funeral do chefe mercenário do Grupo Wagner, Yevgeny Prigozhin, que morreu quando seu avião caiu na semana passada, disse o Kremlin nesta terça-feira.

O jato particular Embraer Legacy 600 no qual Prigozhin viajava de Moscou para São Petersburgo caiu na região de Tver, ao norte de Moscou, em 23 de agosto, matando todas as 10 pessoas a bordo, incluindo dois outros líderes importantes de Wagner e quatro homens que seriam guarda-costas de Prigozhin.

Ainda não está claro o que causou a queda do avião, mas moradores próximos ao local disseram à Reuters que ouviram um estrondo e depois viram o jato cair no chão.

Quando questionado se Putin compareceria ao funeral de Prigozhin, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse aos repórteres: "A presença do presidente não está prevista".

Peskov afirmou que o Kremlin não tinha nenhuma informação específica sobre os planos do funeral e que os preparativos cabiam aos parentes.

No dia seguinte ao acidente, Putin enviou condolências às famílias dos mortos e disse que conhecia Prigozhin há muito tempo, desde os anos caóticos do início da década de 1990.

"Ele era um homem com um destino difícil e cometeu erros graves na vida", disse Putin, ao descrevê-lo como um empresário talentoso.

O acidente ocorreu dois meses depois de Prigozhin e seus mercenários terem organizado um motim contra os principais comandantes militares de Putin, no qual assumiram o controle da cidade de Rostov, no sul, e avançaram em direção a Moscou antes de recuarem a 200 km da capital.

O motim representou o maior desafio ao governo de Putin desde que ele assumiu o poder no último dia de 1999. O Kremlin rejeitou como uma "mentira absoluta" a sugestão de alguns políticos e analistas ocidentais - para a qual não forneceram provas - de que Putin ordenou a morte de Prigozhin em vingança.

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