Filipinas convocam diplomata chinês por ações "agressivas" no Mar do Sul da China

Por Bernard Orr, Liz Lee e Karen Lema

PEQUIM/MANILA, 5 Mar (Reuters) - As Filipinas convocaram o vice-chefe de missão da China em Manila, nesta terça-feira, para protestar contra o que chamou de "ações agressivas" das forças navais chinesas contra uma missão de reabastecimento para as tropas filipinas estacionadas em um banco de areia no Mar do Sul da China.

A força-tarefa de Manila no Mar do Sul da China disse que as embarcações filipinas que realizavam a missão de rotina no banco de areia Second Thomas Shoal foram "assediadas (e) bloqueadas" por milícia marítima e navios da guarda costeira chinesa nesta terça-feira.

Os navios da guarda costeira chinesa dispararam canhões de água, quebrando para-brisa de um dos barcos de reabastecimento e causando ferimentos leves em pelo menos quatro tripulantes, segundo a força-tarefa.

Suas ações "imprudentes" e "ilegais" também levaram a uma colisão entre um navio chinês e um filipino, com o último sofrendo pequenos danos estruturais, declarou o porta-voz da guarda costeira de Manila separadamente.

O Ministério das Relações Exteriores das Filipinas disse que convocou o diplomata chinês na terça-feira para transmitir seu protesto e exigir que os navios chineses deixem imediatamente as proximidades do Segundo Thomas Shoal, que Manila chama de Ayungin.

"A interferência da China nas atividades rotineiras e legais das Filipinas em sua própria zona econômica exclusiva é inaceitável", disse o ministério em um comunicado. "As ações da China em Ayungin infringem os direitos soberanos e a jurisdição das Filipinas."

A China atribuiu a culpa a Manila, dizendo que os navios filipinos haviam invadido ilegalmente as águas adjacentes ao Second Thomas Shoal - que ela chama de Renai Reef - e por isso teve que tomar medidas de controle.

A ação chinesa também foi condenada pelos Estados Unidos, aliado das Filipinas em tratado de defesa.

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"Os EUA estão ao lado das Filipinas e dos defensores do direito internacional", disse a embaixadora dos EUA em Manila, MaryKay Carlson, na plataforma de mídia social X.

O banco de areia conta com um pequeno número de tropas filipinas estacionadas em um navio de guerra enferrujado que Manila ancorou lá em 1999 para reforçar as reivindicações de soberania.

A China reivindica quase todo o Mar do Sul da China, que inclui o Segundo Thomas Shoal, e enviou embarcações para patrulhar o atol disputado, que fica dentro da zona econômica exclusiva das Filipinas.

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