Combates continuam em torno do hospital Al Shifa, em Gaza; Israel diz que 170 homens armados morreram
Os combates continuaram neste sábado em torno do principal hospital de Gaza, onde Israel diz ter matado até agora mais de 170 homens armados em uma operação extensa, que o Ministério da Saúde palestino diz também ter resultado na morte de cinco pacientes.
O braço armado do Hamas e da Jihad Islâmica disse que os seus combatentes estavam envolvidos em batalhas com as forças israelenses nas imediações e fora do hospital Al Shifa, na cidade de Gaza. O Hamas nega qualquer presença sua dentro das instalações.
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As tropas israelenses atacaram Al Shifa nas primeiras horas de segunda-feira e têm vasculhado o extenso complexo, que os militares dizem estar conectado a uma rede de túneis usada como base para o Hamas e outros combatentes palestinos.
O Ministério da Saúde de Gaza disse que cinco palestinos feridos "sitiados" dentro de Al Shifa morreram como resultado de terem sido negados cuidados adequados, água e comida nos últimos seis dias e que a condição de outros pacientes feridos estava piorando.
Os militares de Israel, que perderam dois soldados em combate no hospital, afirmam que estão prevenindo danos aos civis, pacientes e pessoal médico e fornecendo a eles alimentos, água e acesso adequado a cuidados de saúde.
A Reuters não conseguiu acessar o hospital e verificar nenhuma das versões.
Al Shifa, o maior hospital da Faixa de Gaza antes da guerra, é agora uma das poucas instalações de saúde parcialmente operacionais no norte do território, e também tem alojado civis deslocados.
Moradores das redondezas disseram que as forças israelenses explodiram dezenas de casas e apartamentos nas ruas ao redor do hospital e demoliram estradas. Eles disseram que o hospital privado Al-Helo, nas proximidades, também foi atingido pelo Exército.
O gabinete de mídia do governo de Gaza, administrado pelo Hamas, disse que tanques israelenses atingiram vários edifícios do hospital Al Shifa e incendiaram um departamento de cirurgia e que cerca de 240 pacientes e seus acompanhantes, bem como dezenas de profissionais de saúde, foram detidos.
Os militares israelenses disseram que mais de 350 militantes do Hamas e da Jihad Islâmica foram até agora detidos no hospital e um total de 800 pessoas foram interrogadas.
Nos últimos dias, porta-vozes do Hamas têm afirmado que os mortos anunciados em declarações israelenses anteriores não são combatentes, mas sim pacientes e pessoas deslocadas.