Assustadoras, mas tímidas, aranhas Joro se espalham por jardins e estacionamentos dos EUA

Por Daniel Fastenberg

(Reuters) - As assustadoras aranhas Joro, do tamanho da mão de um ser humano, estão se espalhando pela Costa Leste dos Estado Unidos e se dirigindo ao norte.

A espécie do Leste Asiático é batizada em referência à criatura mítica japonesa Jorogumo, que pode se transformar em uma linda mulher e prender homens com seda. Com listras azuis-pretas e amarelas, longas pernas e às vezes um toque de vermelho, as Joros podem parecer assustadoras, mas, na verdade, são bem tímidas.

“Elas não são perigosas. Não são agressivas. Mesmo se você… for atrás da aranha e assediá-la ao ponto de ela morder, não seria um problema”, disse Daniel Kronauer, professor-associado da Universidade Rockefeller.

A maioria das aranhas congela por menos de um minuto quando são perturbadas, mas as Joros podem se fechar por mais de uma hora, segundo pesquisadores da Universidade da Georgia.

Encontrada nos Estados Unidos pela primeira vez no Estado da Georgia uma década atrás, as Joros fêmeas podem chegar a até 20 cms de diâmetro, e os machos, 10 cms.

As Joros, nativas de China, Japão e Coreia do Sul, podem sobreviver no sopé do Himalaia e provavelmente chegaram aos Estados Unidos por meio de rotas comerciais, segundo Kronauer. “A maioria dessas espécies invasivas são espalhadas por aí por humanos, muitas vezes em cargas... que são transportadas por navios.”

Desde então, as Joros se espalharam pelas Carolinas, Virginia e Maryland, disse Kronauer. “Elas são bastante tolerantes ao frio... É por isso que esperamos que elas se movam ainda mais ao norte.”

O impacto das Joros no ecossistema dos EUA é incerto, embora elas tenham a tendência a se dar bem em parques, jardins e estacionamentos, afirmou Kronauer. “Tem uma boa chance que talvez neste verão (do hemisfério norte) nós vejamos algumas delas em Nova York.”

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Mas não tenha medo: é improvável que as Joros mordam humanos ou animais de estimação. Elas preferem comer mosquitos, baratas, vespas e outros insetos.

(Reportagem de Daniel Fastenberg)

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