EUA impõem sanções contra Movimento de Resistência Nórdico em luta contra supremacistas brancos
Por Daphne Psaledakis
WASHINGTON (Reuters) - Os Estados Unidos impuseram nesta sexta-feira sanções contra o grupo neonazista Movimento de Resistência Nórdico e a vários de seus líderes, classificando-os como terroristas, na tentativa de Washington de combater supremacistas brancos violentos, disse o Departamento de Estado norte-americano. A ação classifica o movimento, que tem sede na Suécia, e três de seus líderes como “terroristas globais especialmente classificados”, disse o Departamento de Estado em comunicado. O movimento é o maior grupo neonazista da Suécia e tem filiais na Noruega, Dinamarca, Islândia e Finlândia, onde está banido desde 2020, de acordo com o comunicado. “Os Estados Unidos permanecem muito preocupados com a ameaça extremista violenta motivada por raça ou etnia em todo o mundo, e estão comprometidos em combater os componentes transnacionais de supremacia branca violenta”, afirmou em comunicado o porta-voz do Departamento de Estado, Matthew Miller. “A atividade violenta do NRM (na sigla em inglês) é baseada em sua plataforma abertamente racista, anti-imigração, antissemita e anti-LGBTQI+”, acrescentou. A ação desta sexta-feira congela todos os ativos do grupo nos EUA e proíbe norte-americanos de negociarem com ele. O presidente dos EUA, Joe Biden, tem feito campanha contra os supremacistas brancos. Ele diz com frequência que o comício nacionalista “Unite The Right”, em Charlottesville, em 2017, o fez decidir concorrer à Presidência em 2020. O evento ocorreu após meses de protestos acerca do plano da cidade de remover a estátua do general confederado Robert E. Lee. (Reportagem de Daphne Psaledakis e Jarrett Renshaw)