Atirador disparou contra Trump de telhado que não era protegido por agências de segurança

Por Andrew Hay e Ted Hesson e Jonathan Landay

(Reuters) - O atirador que tentou assassinar Donald Trump disparou de um telhado que o Serviço Secreto dos Estados Unidos declarou estar fora de seu perímetro de segurança, uma omissão que a agência não deveria ter cometido, de acordo com dois de seus ex-agentes.

Dois policiais locais da Pensilvânia que foram verificar uma denúncia sobre uma pessoa suspeita na área estavam sozinhos quando um deles, içado por um parceiro para verificar o telhado, foi confrontado pelo atirador Thomas Crooks, de 20 anos, disse o xerife do condado de Butler, Michael Slupe, em uma entrevista.

Isso expôs uma grande falha na segurança, disse Kenneth Valentine, ex-agente especial do Serviço Secreto: "Ele não deveria ter conseguido subir no telhado".

Valentine disse que a agência também deveria ter alguém vigiando os telhados e capaz de impedir a ameaça.

O Serviço Secreto, que é responsável pela segurança de Trump como ex-presidente e candidato republicano à Presidência, não respondeu a vários pedidos de comentários.

Mas, desde o ataque, o Serviço Secreto afirmou que o prédio a cerca de 140 metros do palco onde Trump discursou estava fora da área que havia sido protegida para o evento ao ar livre, e a polícia local e estadual afirmou que não era de sua responsabilidade.

Esse descuido permitiu que Crooks acessasse o telhado sem impedimentos e disparasse diretamente contra Trump, atingindo de raspão sua orelha, matando um participante do comício e ferindo dois outros participantes.

"O Serviço Secreto disse que o prédio estava fora do perímetro. Isso não é verdade. Deveria estar dentro do perímetro", disse um ex-agente do Serviço Secreto. "Isso é uma falha enorme."

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O presidente norte-americano, Joe Biden, ordenou uma análise independente de como o atirador pôde chegar tão perto de matar Trump, apesar da forte segurança oferecida no evento de sábado em Butler, na Pensilvânia. A agência também está sendo investigada pelo Congresso.

Slupe disse à Reuters que os policiais locais responderam a relatos de uma pessoa suspeita vista caminhando na área. Os policiais receberam uma foto do indivíduo, mas não foram informados de que ele estava armado, disse ele.

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