Marçal agride homem com pó branco durante caminhada: 'Eleitor do Boulos'

Homem agredido é presidente do diretório estadual da Rede em São Paulo. Marco Martins também é candidato a vereador pelo partido e disse ao UOL que foi agredido após perguntar porque Marçal ainda não foi preso.

Candidato a vereador não conseguiu identificar o que era o pó soprado contra ele. Segundo Martins, o ex-coach se irritou com pergunta dele, saiu da loja onde se encontraram e voltou minutos depois para soprar o pó em Martins. "Ele ficou completamente descontrolado. Está usando a narrativa de que eu era um eleitor do Boulos, e sou mesmo", afirmou.

Vídeo editado. O recorte do vídeo publicado por Marçal não mostra o momento da conversa entre o ex-coach e Martins. Após o episódio, Marçal e seus seguranças seguem em caminhada e riem.

O UOL tenta contato com a assessoria do candidato para apurar do que se trata a substância e se considera o ato uma agressão. Caso haja manifestação, o texto será atualizado.

"Eleitor do Boulos"

Marçal tenta associar o uso de cocaína a Guilherme Boulos (PSOL). Após a confirmação da candidatura do ex-coach, ele adotou tom agressivo em suas aparições, inclusive insinuando que seus adversários fazem o uso de drogas.

Durante debate, Marçal simulou que estava "cheirando cocaína". Para atingir o adversário, o candidato do PRTB usa as redes sociais e as aparições públicas para dizer que o psolista é usuário da droga.

Não há prova alguma sobre o uso de cocaína por parte de Guilherme Boulos. A Justiça Eleitoral chegou a conceder três direitos de resposta ao candidato do PSOL nas redes sociais de Marçal após as acusações sem comprovações.

Contas suspensas

A Justiça Eleitoral acatou no sábado (24) pedido para suspender as contas monetizadas de Marçal nas redes sociais. A partir de um pedido do PSB, partido de Tabata Amaral, o juiz Antonio Maria Patiño Zorz determinou que as contas do candidato no Intagram, Tiktok e Youtube fossem suspensas até o fim das eleições.

"Para coibir flagrante desequilíbrio na disputa eleitoral e estancar dano decorrente da perpetuação do "campeonato", defiro o pedido de liminar, sob pena de imposição de multa diária no valor de R$ 10 mil", complementou o juiz.