Biden conversa com Netanyahu sobre cessar-fogo em Gaza
BUELLTON, Califórnia (Reuters) - O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, conversou nesta quarta-feira ao telefone com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, sobre formas de avançar na direção de um potencial cessar-fogo em Gaza e um acordo sobre os reféns, disse a Casa Branca.
A ligação ocorre na esteira da turbulenta visita do secretário de estados dos EUA, Antony Blinken, ao Oriente Médio, encerrada na terça-feira sem um acordo entre Israel e os militantes do Hamas sobre o enclave palestino.
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Blinken e mediadores do Egito e do Qatar depositaram a esperança na "proposta ponte" dos EUA, criada com o objetivo de dirimir as lacunas entre os dois lados na guerra de 10 meses em Gaza.
"O presidente Biden falou com o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu de Israel para discutir um cessar fogo, um acordo para a libertação dos reféns e os esforços diplomáticos para desescalar as tensões regionais", informou a Casa Branca em comunicado.
A vice-presidente dos EUA, Kamala Harris, que na quinta-feira em Chicago aceita formalmente a nomeação para ser a candidata democrata na eleição de 5 de novembro, também participou da ligação.
A Casa Branca deve fornecer mais detalhes sobre a ligação ao longo do dia.
Há a expectativa de que Biden pressione Netanyahu a desistir da demanda israelense de manter as suas forças militares no corredor de terra entre o Egito e Gaza, disse uma autoridade dos EUA antes da ligação.
Biden está em férias familiares na fazenda de 8 mil acres em Santa Ynez Valley, na Califórnia.
Conseguir um acordo de cessar-fogo em Gaza é uma grande prioridade para Biden. Uma autoridade sênior dos EUA descreveu, na sexta-feira, o acordo como próximo, mas elusivo.
Nas conversas sobre a interrupção na guerra de 10 meses, o Hamas demanda a retirada israelense completa de Gaza, incluindo o chamado "Corredor Filadélfia", um estreito de 14,5 km ao longo do enclave palestino e a fronteira com o Egito.
Israel quer manter o controle sobre o corredor, que capturou no fim de maio, após destruir dezenas de túneis subterrâneos que, afirma, serviam para o contrabando de armas para os grupos militantes em Gaza.