EUA começarão negociações por cessar-fogo em Gaza após morte de Sinwar, diz Departamento de Estado

Por Daphne Psaledakis e Simon Lewis

WASHINGTON (Reuters) - Os Estados Unidos querem iniciar negociações sobre uma proposta de cessar-fogo e soltura dos reféns na Faixa de Gaza, afirmou nesta quinta-feira o porta-voz do Departamento de Estado dos EUs, Matthew Miller, após a morte do líder do Hamas, Yahya Sinwar, o que ele chamou de “abalo sísmico”.

Miller disse em entrevista coletiva que Sinwar era o “maior obstáculo” para o fim da guerra, que começou quando ele mesmo orquestrou um ataque contra o sul de Israel, no qual militantes palestinos mataram cerca de 1.200 pessoas e levaram 250 reféns.

O governo dos Estados Unidos trabalhou sem sucesso por meses, com mediadores do Catar e Egito, em busca de um acordo para que Israel encerrasse suas operações na Faixa de Gaza, em troca da soltura dos reféns levados pelo Hamas na ação há pouco mais de um ano.

Nas últimas semanas, Sinwar se negava a negociar, de acordo com Miller.

“Esse obstáculo foi obviamente removido. Não dá para prever se quem o substituir vai concordar com o cessar-fogo, mas retira o que foi, nos últimos meses, o grande obstáculo para esse objetivo”, disse.

Washington disse que "redobraria" seus esforços e tentaria levar adiante a proposta de cessar-fogo "que está na mesa há algum tempo", afirmou Miller, sem detalhar a proposta.

O secretário de Estado, Antony Blinken, já falou com os ministros das Relações Exteriores de Catar e Arábia Saudita sobre encerrar a guerra e o que aconteceria no pós-conflito, concluiu Miller.

((Tradução Redação Rio de Janeiro))

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