Lula diz que batida na cabeça foi grave e aguarda para avaliar "estrago"

(Reuters) - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta segunda-feira que a batida na cabeça em consequência de uma queda sofrida por ele no sábado foi grave e que aguarda alguns dias para que sua equipe médica avalie o "estrago" da lesão.

Segundo relato do presidente em conversa telefônica com o candidato a prefeito de Camaçari (BA) Luiz Caetano (PT), publicada na rede social do baiano, o acidente ocorreu por uma "bobagem", mas requer atenção por se tratar da cabeça, uma região sensível. A queda causou dois pequenos sangramentos no cérebro e levou ao cancelamento da viagem que faria à Rússia para participar da cúpula do Brics.

"Eu tive um acidente aqui, mas... uma bobagem minha. Foi grave, mas não afetou, sabe, nem uma parte mais delicada. Eu to cuidando porque qualquer coisa na cabeça é muito forte, né?", disse Lula ao candidato petista ao telefone no vídeo publicado por Caetano no Instagram.

"Então eu estou aguardando, porque os médicos disseram que eu tenho que esperar pelo menos uns três, quatro dias para eles saberem qual foi o estrago que fez a batida", acrescentou o presidente.

Fonte do Palácio do Planalto disse à Reuters que Lula não sabia que estava sendo gravado e que a Presidência não tinha autorizado sua divulgação. Essa fonte avaliou que o candidato a prefeito divulgou a conversa com o presidente por estar em reta final de campanha em uma disputa muito acirrada.

Anteriormente, no início da tarde, o médico pessoal do presidente, Roberto Kalil Filho, afirmou que Lula deve ser liberado já nesta semana para realizar viagens curtas.

Em entrevista à GloboNews, Kalil explicou que o cancelamento da viagem foi decidido porque em casos como o dos sangramentos no cérebro sofridos por Lula, é necessário observação por 72 horas pois eles podem se agravar.

Kalil afirmou que é pouco provável que o presidente, prestes a completar 79 anos, tenha maiores complicações por causa da queda e que Lula passará por exames de rotina.

O médico pessoal de Lula disse ainda que foi recomendado ao presidente que evite atividades físicas nesta semana, mas que ele pode ter uma rotina de trabalho normal.

Continua após a publicidade

Mais cedo nesta segunda, o Palácio do Planalto divulgou uma foto de Lula reunido com o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, e com seu assessor especial para Assuntos Internacionais, Celso Amorim.

(Reportagem de Eduardo Simões, em São Paulo, e Lisandra Paraguassu e Maria Carolina Marcello, em Brasília)

Deixe seu comentário

Só para assinantes